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Quem foi Amelia Earhart, a primeira mulher a voar sozinha pelo Oceano Atlântico

Pioneira da aviação, Amelia desafiou barreiras. Seu desaparecimento é, até hoje, um dos maiores mistérios da história

Desaparecimento de aviadora até hoje continua sem respostas (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Desaparecimento de aviadora até hoje continua sem respostas (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 14h27.

Amelia Earhart foi uma das figuras mais icônicas da aviação mundial e um símbolo de coragem e pioneirismo. Em 1932, tornou-se a primeira mulher a cruzar o Oceano Atlântico sozinha, um feito que a colocou entre os maiores aviadores da época.

Além disso, Amelia foi uma defensora ativa dos direitos das mulheres e incentivou a presença feminina na aviação, um campo até então dominado por homens.

Nascida em 1897, no Kansas, Estados Unidos, se interessou pelo tema após assistir a um show aéreo em 1920. Logo depois, começou a tomar aulas de voo e, em 1923, obteve sua licença de piloto.

Determinada a romper barreiras, participou de diversas competições e quebrou recordes de altitude e velocidade. Seu maior feito veio em 1932, quando, a bordo de um Lockheed Vega 5B, ela voou sozinha de Newfoundland, no Canadá, até a Irlanda, um trajeto de quase 15 horas que fez dela a primeira mulher a realizar tal façanha.

O que aconteceu no último voo de Amelia Earhart?

Amelia Earhart desapareceu sobre o Oceano Pacífico em 2 de julho de 1937, enquanto tentava ser a primeira pessoa a dar a volta ao mundo pelo Equador a bordo de um Lockheed Electra 10E. Durante a expedição, ela e seu navegador, Fred Noonan, partiram de Papua-Nova Guiné rumo à Ilha Howland, mas perderam contato com a guarda costeira e nunca chegaram ao destino.

Relatos indicam que problemas no rádio dificultaram a troca de informações, impedindo que ela recebesse coordenadas precisas para pousar. Suas últimas transmissões de rádio mostram que ela voava em baixa altitude, procurando a ilha, até desaparecer sem deixar vestígios. As buscas foram intensas, tornando-se uma das maiores operações de resgate da história dos Estados Unidos, mas nenhum vestígio concreto foi encontrado.

Até hoje, o local exato do desaparecimento permanece um mistério, e diversas teorias foram formuladas. Algumas sugerem que seu avião ficou sem combustível e caiu no mar, enquanto outras acreditam que ela pode ter pousado em uma ilha desabitada e não foi resgatada a tempo.

O que Amelia Earhart inventou?

A influência de Amelia Earhart na aviação trouxe inovações significativas. Ela trabalhou no design de roupas para aviadoras, desenvolvendo macacões mais práticos e adequados para mulheres pilotas, uma novidade na época. Além disso, seu envolvimento com a Purdue University ajudou a impulsionar estudos sobre aerodinâmica e segurança em voos.

Amelia também foi uma das fundadoras da The Ninety-Nines, uma organização de mulheres aviadoras que existe até hoje e promove a inclusão feminina na aviação. Sua contribuição não foi apenas técnica, mas também social, abrindo caminho para que mais mulheres se tornassem pilotos.

O que as buscas por Amelia Earhart revelaram?

Desde o desaparecimento da avaiadora, em 1937, diversas expedições foram realizadas para tentar localizar seu avião e esclarecer o que realmente aconteceu.

A primeira busca foi conduzida pela Marinha dos Estados Unidos logo após seu sumiço, tornando-se uma das maiores operações de resgate da época, mas sem sucesso.

Ao longo das décadas, novas investigações foram feitas, algumas financiadas por governos e outras por grupos de pesquisadores independentes. Algumas das descobertas mais relevantes incluem:

  • 1960 – Primeiras buscas submarinas: Relatos de destroços avistados no fundo do mar perto da Ilha Howland levaram a expedições subaquáticas, mas nada foi confirmado;
  • 1988 – A teoria de Nikumaroro: A organização The International Group for Historic Aircraft Recovery (TIGHAR) sugeriu que Amelia e Fred Noonan poderiam ter pousado na Ilha Nikumaroro, um atol remoto a cerca de 650 km de Howland. Na ilha, foram encontrados objetos antigos, como um pedaço de alumínio que pode ter sido do Lockheed Electra e um sapato feminino dos anos 1930;
  • 2012 – Busca com tecnologia avançada: Uma expedição financiada pelo governo dos EUA utilizou sonares e robôs subaquáticos para explorar o fundo do mar ao redor de Nikumaroro, mas não encontrou provas definitivas;
  • 2018 – Testes de DNA: Ossos encontrados em Nikumaroro foram analisados, e especialistas afirmaram que poderiam pertencer a uma mulher da altura e constituição física de Amelia, mas o teste não foi conclusivo;
  • 2019 – Busca com inteligência artificial: Pesquisadores utilizaram novas técnicas de imageamento para reexaminar fotos antigas da região do Pacífico, tentando identificar possíveis vestígios do avião, sem sucesso.

Apesar dos esforços contínuos, nenhuma prova definitiva sobre o paradeiro de Amelia Earhart foi encontrada, mantendo seu desaparecimento como um dos maiores mistérios da aviação. No entanto, cada nova descoberta reforça seu legado e mantém viva a busca por respostas sobre seu destino final.

Por que você deve saber disso?

A história de Amelia Earhart vai além da aviação: é um exemplo de coragem, determinação e pioneirismo. Seu legado inspirou gerações de mulheres a seguirem carreiras em áreas dominadas por homens e mostrou que desafios podem ser superados com persistência.

Além disso, seu desaparecimento continua sendo um dos maiores mistérios da aviação. Pesquisadores ainda tentam resolver o enigma, e novas evidências continuam surgindo, mantendo seu nome vivo na história. Conhecer sua trajetória é entender o impacto de suas conquistas e a importância de lutar por igualdade e inovação.

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