Acolher Snowden seria a segunda vez em um ano que o Equador desafia o Ocidente, após sua decisão em agosto de garantir asilo ao fundador do WikiLeaks Julian Assange (REUTERS/Tatyana Makeyeva)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2013 às 17h34.
Quito - Apesar de o Equador contemplar oferecer asilo ao ex-prestador de serviços da agência de espionagem dos Estados Unidos Edward Snowden, há poucos sinais nas ruas de que a pequena nação na América do Sul está no centro de uma disputa global entre superpotências.
Acolher Snowden seria a segunda vez em um ano que o Equador desafia o Ocidente, após sua decisão em agosto de garantir asilo ao fundador do WikiLeaks Julian Assange, que atualmente está refugiado em sua embaixada em Londres apesar das objeções furiosas da Grã-Bretanha.
O presidente equatoriano, Rafael Correa, sairá de férias na sexta-feira e o chanceler Ricardo Patiño está em viagem pela Ásia. Os principais jornais do Equador deram apenas uma cobertura insuficiente para a saga.
Manifestantes não tomaram as ruas, a favor ou contra a causa, e muitos parecem não saber quem é Snowden.
"Não ouvi falar dele e não acompanhei o caso", disse um homem que lia um jornal na praça central de Quito, recusando-se a se identificar. Minutos antes, Correa acenou de uma varanda no palácio presidencial durante uma cerimônia não relacionada a Snowden.
O ex-prestador de serviços da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos está no aeroporto internacional de Moscou depois de deixar Hong Kong no domingo, mas o presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira que não tinha a intenção de extraditá-lo para os Estados Unidos.