Quem é o ex-líder da Ku Klux Klan, David Duke (Youtube/Reprodução)
AFP
Publicado em 16 de outubro de 2018 às 17h04.
Última atualização em 16 de outubro de 2018 às 17h11.
São Paulo - O historiador americano, David Duke, é conhecido internacionalmente pelas declarações anti-semitas e racistas, bem como por suas tentativas de chamar a atenção para si ao se envolver com governos conservadores mundo afora.
Nesta terça-feira, ele ganhou os holofotes no Brasil depois que ele se manifestou em seu programa de rádio sobre o candidato à Presidência do país, Jair Bolsonaro (PSL). Em sua fala sobre o brasileiro, Duke o definiu como “incrível” e disse que Bolsonaro é responsável pela “preparação da revolução branca” no Brasil.
Duke, de 66 anos, foi candidato a diversos cargos políticos entre 1980 e 1990, manteve durante três anos um cargo na assembleia local no estado de Louisiana (1989-1992). É conhecido também por ser ex-dirigente da Ku Klux Klan na década de 70, a histórica e violenta organização racista que perseguiu minorias por décadas nos Estados Unidos.
Mais recentemente, Duke foi um dos principais articuladores das manifestações da extrema-direita nos Estados Unidos na cidade de Charlottesville e que resultaram em confrontos violentos com movimentos anti-fascistas. É um grande apoiador da presidência de Donald Trump, ainda que a gestão republicana negue qualquer vínculo com ele.
Atualmente, a KKK reúne de 6.000 membros em todo o país, mas chegou a contar 40 mil membros na década de 60 e vários milhões nos anos 1920. É formada hoje por cerca de 72 grupos, segundo informações do Southern Poverty Center, organização não governamental que monitora grupos de ódio nos EUA. Entre os alvos da organização estão negros, LGBT, judeus e imigrantes.