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Quem é o bilionário aventureiro que está entre os tripulantes do submarino desaparecido

Harding é fundador de fundo de investimento baseado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos; ele tem uma longa carreira de explorador, tendo batido diversos recordes mundiais

Hamish Harding: No final de semana, ele fez uma publicação nas redes sociais confirmando que estaria dentro do submarino Titan (redes sociais/Reprodução)

Hamish Harding: No final de semana, ele fez uma publicação nas redes sociais confirmando que estaria dentro do submarino Titan (redes sociais/Reprodução)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de junho de 2023 às 07h38.

Última atualização em 22 de junho de 2023 às 06h23.

Um dos cinco tripulantes do submarino Titan, que se encontra desaparecido desde domingo quando submergiu para uma expedição ao naufrágio do Titanic, o empresário britânico Hamish Harding já viajou dos pontos mais profundos do planeta até o espaço, além de ter batido recordes de aviação. Aos 58 anos, o bilionário, dono de uma empresa baseada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é formado em Ciências Naturais e Engenharia Química na Universidade de Cambridge e tem uma longa carreira como aventureiro.

Piloto de avião, Harding já bateu 16 recordes mundiais de aviação — entre eles, o de circunavegação mais rápida já registrada, pelos Polos Norte e Sul, em 2019. Em 2022, ele foi o primeiro britânico a viajar em uma missão da Blue Origin, do bilionário Jeff Bezos, deixando a atmosfera terrestre e adentrando o espaço. Na mesma missão viajou também o brasileiro Victor Hespanha.

No final de semana, ele fez uma publicação nas redes sociais confirmando que estaria dentro do submarino Titan, que, segundo as autoridades canadenses, desapareceu após 1 hora e 45 minutos embaixo da água na madrugada de domingo. Na publicação, ele afirma que se juntaria a viagem na condição de "especialista da missão".

O destino do submarino era o Titanic, naufragado a uma distância de 3,8 quilômetros da superfície. Harding, no entanto, já enfrentou profundidades maiores. Em março de 2021, ele e o sócio Victor Vescovo desceram ao ponto mais profundo das fossas Marianas, 10 quilômetros abaixo da superfície. A dupla bateu recorde ao permanecer por 4 horas e 15 minutos no local.

Entre as outras aventuras protagonizadas pelo britânico, estão viagens ao Polo Sul na companhia do astronauta Buzz Aldrin, segundo homem a pisar na Lua. A viagem comemorou os 50 anos da viagem da Apollo 11 ao astro.

A presença de Harding, que é presidente da Action Aviation, uma agência de corretagem de aeronaves em Dubai, no submarino foi confirmada por Mark Butler, diretor da empresa, segundo a Bloomberg. No domingo, o perfil da Action Aviation nas redes havia comemorado o início da viagem do britânico ao Titanic. "O submarino teve um lançamento bem-sucedido e Hamish está atualmente mergulhando. Fique ligado para mais atualizações!", diz a postagem.

Quem é Hamish Harding?

Hamish Harding é dono e fundador do Action Group, dono da Action Aviation e outras empresas, criado em 2002. Descrito como um "grupo de investimento de capital privado", a companhia diz investir em empresas de "crescimento rápido" ao redor do mundo, segundo seu site oficial.

A Action Aviation, empresa da qual Harding é presidente, foi criada em 2004 e faz compra e venda de aeronaves. Outra companhia do grupo é a Action Property Group, fundada em 2006, e que investe no mercado imobiliário de luxo em países como Estados Unidos e Inglaterra. Há ainda a Action Productions, que investe em filmes e já fez parcerias com produtoras de Hollywood.

O que sabe sobre o submarino desaparecido?

Criada em 2009, a empresa OceanGate oferece um passeio ao ponto do naufrágio, que leva oito dias e custa cerca de US$ 250 mil, o equivalente a R$ 1,19 milhão. O pacote também pode incluir um mergulho de oito horas até os destroços da embarcação inglesa. O submarino iniciou sua viagem na madrugada de domingo e perdeu sinal com a equipe na superfície.

O Titanic, operado pela White Star Line, afundou em sua viagem inaugural pelo Oceano Atlântico em 1912, após colidir com um iceberg. Mais de 1.500 pessoas morreram. O famoso naufrágio fica a 3.800 m no fundo do Atlântico. Os restos do maior navio da sua época ficam a cerca de 600 km da costa de Newfoundland, no Canadá.

OceanGate Expeditions, uma empresa privada que implanta submersíveis para expedições em alto mar, publicou recentemente nas redes sociais que uma de suas expedições estava "em andamento".

O submersível pode acomodar cinco pessoas, diz a empresa, que geralmente inclui um piloto, três convidados pagantes e um especialista. Até o momento não foi revelado quantas pessoas estão a bordo da embarcação.

A empresa que opera o submersível desaparecido diz que está “explorando e mobilizando todas as opções” para trazer a tripulação de volta com segurança.

“Todo o nosso foco está nos tripulantes do submersível e suas famílias”, disse a OceanGate em um comunicado, que acrescenta ter recebido “extensa assistência” de “várias agências governamentais e empresas de alto mar” em seus esforços para restabelecer o contato com o submersível. “Estamos trabalhando para o retorno seguro dos tripulantes”.

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