São Paulo – O governo do Quênia oficializou o nome de Mohamed Mohamud, também conhecido como Dulyadin e Gamadhere, como o principal arquiteto do massacre na Universidade de Garissa, que ocorreu na semana passada e deixou um rastro de 147 mortes.
Como consequência, autoridades colocaram uma recompensa de 215 mil dólares por informações que possam indicar o paradeiro deste homem que é um dos líderes do grupo terrorista que reivindicou o ataque, o somali Al-Shabaab, afiliado da organização global Al Qaeda.
De acordo com informações da rede de notícias CNN, Mohamud é o chefe de operações externas do grupo e é responsável por operações na província de Juba (Somália), que fica na fronteira com o Quênia. Entre suas tarefas, constam ainda ataques em solo queniano.
Tal posição, revelou um documento ao qual a CNN teve acesso, já o colocou diversas vezes em confronto com tropas do Quênia que atuam pela União Africana, organização que reúne diferentes países do continente e que tem como objetivo a proteção da democracia e direitos humanos na região.
Segundo o jornal britânico The Guardian, Mohamud tem cerca de 40 anos de idade e tem três esposas. Formado em engenharia por uma universidade do Quênia, trabalhou em uma entidade beneficente da Arábia Saudita que atua África. Em seguida, virou professor e diretor de uma escola islâmica em Garissa.
O momento de sua radicalização, informou o The Guardian, se deu quando ele se mudou para a Somália para se juntar ao grupo Islamic Courts Union. Anos depois, este movimento de milícias fundamentalistas acabou perdendo os seus membros mais extremistas para o Al-Shabaab. Um deles era Mohamud.
O ataque na Universidade de Garissa não foi o primeiro ato de grandes proporções arquitetado pelo terrorista. Em 2013, militantes do Al-Shabaab invadiram o shopping Westgate, em Nairobi (Quênia), matando 67 pessoas.
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1. 1º Iraque
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GTI: 10 Nº de mortes (2013): 6.362 Nº de feridos (2013): 14.947 O Iraque viu o número de mortes causadas por atos terroristas aumentar em 162% de 2012 para 2013. A maioria não teve a autoria descoberta, mas 77% dos que foram identificados são atribuídos ao EI. Os ataques suicidas estão entre os métodos mais usados. Em 2013, ocorreram 232 atos e cada um deles causou, em média, sete mortes. A capital Bagdá foi palco de 25% dos incidentes. Ao todo, 135 cidades registraram ao menos um ataque no ano passado.
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2. 3º Paquistão
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2/10 (Getty Images)
GTI: 9,37 Nº de mortes (2013): 2.345 Nº de feridos (2013): 5.035 De 2012 para 2013, o número de mortos por atos terroristas aumentou em 37% e a quantidade de feridos em 28%. Como no Afeganistão, a maioria dos eventos (49%) no Paquistão é atribuída ao Taleban. O pior ato de 2013 foi um ataque suicida realizado por dois homens. O episódio resultou na morte de 119 pessoas e deixou 219 feridos. Existem 23 grupos considerados terroristas em atividade no país e mais de 500 cidades foram palco de ao menos um incidente.
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3. 4º Nigéria
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3/10 (Getty Images)
GTI: 8,58 Nº de mortes (2013): 1.826 Nº de feridos (2013): 457 O pior ataque de 2013 deixou 142 mortos, danificou mais de 100 estabelecimentos e foi realizado por um homem ligado ao Boko Haram, principal organização em atividade no país. 90% dos atos terroristas no ano passado são atribuídos ao grupo. As táticas terroristas empregadas na Nigéria diferem daquelas vistas em países como Iraque ou Afeganistão. Os grupos usam armas de fogo e facões com maior frequência, enquanto que, no Oriente Médio, os principais métodos são explosões e ataques suicidas.
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4. 5º Síria
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4/10 (Getty Images)
GTI: 8,12 Nº de mortes (2013): 1.078 Nº de feridos (2013): 1.776 O número de ataques em solo sírio subiu de 136 em 2012 para 217 em 2013. A quantidade de mortos também aumentou: 600 contra 1.000. O crescimento dramático de atividades terroristas, diz o estudo, é consequência da guerra civil que assola o país desde os idos de 2011. 70% dos atos foram explosões e bombardeios e o alvo principal dos grupos foi a população. 18% dos eventos eram sequestros e os reféns, em sua maioria, eram ocidentais que trabalhavam em organizações humanitárias e jornalistas.
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5. 6º Índia
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5/10 (Daniel Beherulak/Getty Images)
GTI: 7,86 Nº de mortes (2013): 404 Nº de feridos (2013): 719 Em apenas um ano, houve um aumento de 70% nas atividades terroristas na Índia e o número de mortes subiu de 238 para 400. Grupos de orientação maoísta e que atuam nas regiões de Bihar, Chhattisgarh e Jharkhand (localizados ao leste do país) são os maiores responsáveis pelos atos. Já na fronteira com o Paquistão, são os extremistas islâmicos os principais atores envolvidos nos incidentes. Seus ataques em 2013 resultaram em 15% das mortes registradas neste período.
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6. 7º Somália
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6/10 (John Moore/Getty Images)
GTI: 7,41 Nº de mortes (2013): 405 Nº de feridos (2013): 492 De acordo com o estudo, a violência relacionada ao terrorismo na Somália segue aumentando, especialmente na região sul, onde aconteceram 90% dos eventos. O número de mortes aumentou em 32% de 2012 para 2013, ano que é considerado o mais violento do país nos últimos 14. O principal grupo em atividade é o Al-Shabaab, composto por mais de quatro mil extremistas islâmicos e afiliado ao Al-Qaeda. Foi o responsável, por exemplo, pelo ataque ao shopping Westgate, que resultou em 67 mortes e deixou 175 feridos no ano passado.
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7. 8º Iêmen
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7/10 (Getty Images)
GTI: 7,31 Nº de mortes (2013): 291 Nº de feridos (2013): 583 Existem hoje nove organizações terroristas em atividade no Iêmen. Contudo, duas delas são responsáveis por 80% dos atos realizados no país no ano passado, o Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), afiliado do Al Qaeda global, e o Houthis. O braço do Al Qaeda global é considerado uma das células mais ativas do grupo e, apenas em 2013, o AQPA causou mais de 177 mortes e foi o único a realizar ataques suicidas. Já o Houthis matou, em média, seis pessoas por ataque.
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8. 9º Filipinas
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8/10 (Jeoffrey Maitern)
GTI: 7,29 Nº de mortes (2013): 292 Nº de feridos (2013): 444 O número de incidentes terroristas nas Filipinas dobrou de 2012 para 2013, revelou a análise, assim como dobrou a quantidade de mortes. Diferentemente de países no Oriente Médio, a maioria das organizações no país tem aspirações nacionalistas e separatistas, e não religiosas. Em 2013, 438 cidades sofreram ao menos um ataque. Grande parte dos atos foi atribuída aos grupos Novo Exército Popular, Abu Sayyaf e Frente Moro de Libertação Islâmica. Os principais alvos foram autoridades do governo, forças policiais e personalidades do mundo dos negócios.
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9. 10º Tailândia
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9/10 (Rufus Cox/Getty Images)
GTI: 7,19 Nº de mortes (2013): 131 Nº de feridos (2013): 398 A quantidade de mortes por conta de ataques terroristas caiu em 2013 em relação a 2012. Curiosamente, houve mais incidentes que em anos anteriores. A maioria, contudo, não teve a autoria identificada. De acordo com o estudo, grande parte das atividades está concentrada no sul do país, onde há conflitos entre separatistas islâmicos e o governo. Os principais grupos atuantes na Tailândia são o Barisan Revolusi Nasional (BRN), o Aba Cheali e o Runda Kumpalan Kecil. Os dois últimos são dissidências do BRN.
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10. Agora veja os locais mais perigosos do mundo
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10/10 (Getty Images)