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Quem é o arquiteto do massacre de 147 estudantes no Quênia

Mohamed Mohamud seria o líder do grupo Al-Shabaab que planejou o ataque da semana passada. Recompensa por informações sobre seu paradeiro é de 215 mil dólares

Mohamed Mohamud, também conhecido como Dulyadin e Gamadhere: de acordo com autoridades do Quênia, ele é o principal arquiteto do massacre na Universidade de Garissa (Reuters)

Mohamed Mohamud, também conhecido como Dulyadin e Gamadhere: de acordo com autoridades do Quênia, ele é o principal arquiteto do massacre na Universidade de Garissa (Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 6 de abril de 2015 às 11h23.

São Paulo – O governo do Quênia oficializou o nome de Mohamed Mohamud, também conhecido como Dulyadin e Gamadhere, como o principal arquiteto do massacre na Universidade de Garissa, que ocorreu na semana passada e deixou um rastro de 147 mortes.

Como consequência, autoridades colocaram uma recompensa de 215 mil dólares por informações que possam indicar o paradeiro deste homem que é um dos líderes do grupo terrorista que reivindicou o ataque, o somali Al-Shabaab, afiliado da organização global Al Qaeda.

De acordo com informações da rede de notícias CNN, Mohamud é o chefe de operações externas do grupo e é responsável por operações na província de Juba (Somália), que fica na fronteira com o Quênia. Entre suas tarefas, constam ainda ataques em solo queniano.

Tal posição, revelou um documento ao qual a CNN teve acesso, já o colocou diversas vezes em confronto com tropas do Quênia que atuam pela União Africana, organização que reúne diferentes países do continente e que tem como objetivo a proteção da democracia e direitos humanos na região.

Segundo o jornal britânico The Guardian, Mohamud tem cerca de 40 anos de idade e tem três esposas. Formado em engenharia por uma universidade do Quênia, trabalhou em uma entidade beneficente da Arábia Saudita que atua África. Em seguida, virou professor e diretor de uma escola islâmica em Garissa.

O momento de sua radicalização, informou o The Guardian, se deu quando ele se mudou para a Somália para se juntar ao grupo Islamic Courts Union. Anos depois, este movimento de milícias fundamentalistas acabou perdendo os seus membros mais extremistas para o Al-Shabaab. Um deles era Mohamud.

O ataque na Universidade de Garissa não foi o primeiro ato de grandes proporções arquitetado pelo terrorista. Em 2013, militantes do Al-Shabaab invadiram o shopping Westgate, em Nairobi (Quênia), matando 67 pessoas. 

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