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Quem é Leopoldo López, a força por trás de Juan Guaidó na Venezuela

Opositor histórico do chavismo, López estava preso, mas reapareceu nesta terça-feira ao lado de Juan Guaidó

Leopoldo López, líder oposicionista histórico reapareceu em Caracas ao lado de Juan Guaidó nas manifestações de terça-feira, 30 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Leopoldo López, líder oposicionista histórico reapareceu em Caracas ao lado de Juan Guaidó nas manifestações de terça-feira, 30 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 30 de abril de 2019 às 12h14.

Última atualização em 30 de abril de 2019 às 17h24.

São Paulo – A aparição do histórico opositor do chavismo, Leopoldo López, foi uma das surpresas desta tensa terça-feira, 30 de abril. Preso desde 2014, López surgiu ao lado do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, durante seu anúncio de apoio militar na derrubada de Nicolás Maduro.

Preso acusado de "incitação à violência", o opositor se encontrava em prisão domiciliar desde meados de 2017. Segundo um de seus familiares, López recebeu nesta semana uma espécie de “indulto” de Guaidó, que muitos dizem agir sob seu comando, e isso permitiu que ele o acompanhasse nesta que é a mais nova tentativa de depor Maduro.

Quem é Leopoldo López?

Nascido em Caracas, em 29 de abril de 1971, Leopoldo López estudou Economia na Universidade de Harvard. Em 2000, aos 29 anos, recebeu 51% dos votos nas eleições para a Prefeitura de Chacao, a cidade mais rica da grande Caracas, e em 2004 reelegeu-se com 81% da votação.

Em abril de 2002 foi um dos vários políticos por trás das manifestações que resultaram em um golpe de Estado, que afastou por pouco tempo do poder o então presidente Hugo Chávez. Em 2008, aos 41 anos, acabou proibido de exercer cargos públicos.

Foi em 2014, contudo, que López voltou aos holofotes na Venezuela ao liderar uma série de protestos contra o governo chavista. Na ocasião, suas táticas fizeram com que Maduro o responsabilizasse pelos mortos e feridos em manifestações de universitários em Caracas.

Naquele 12 de fevereiro, milhares de estudantes, acompanhados por López e outros líderes da oposição, marcharam contra a insegurança, a inflação, a escassez de produtos e a prisão de universitários.

Na época, o governo afirmou que a violência registrada foi causada por “grupos de ultradireita infiltrados”, que querem provocar um golpe de Estado no país. Como resultado, López foi preso, condenado a 14 anos de prisão, e viu sua carreira política interrompida. Com a aparição desta terça-feira, é bem possível que ganhe algum fôlego.

 

 

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