São Paulo – A aparição do histórico opositor do chavismo, Leopoldo López, foi uma das surpresas desta tensa terça-feira, 30 de abril. Preso desde 2014, López surgiu ao lado do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, durante seu anúncio de apoio militar na derrubada de Nicolás Maduro.
Preso acusado de "incitação à violência", o opositor se encontrava em prisão domiciliar desde meados de 2017. Segundo um de seus familiares, López recebeu nesta semana uma espécie de “indulto” de Guaidó, que muitos dizem agir sob seu comando, e isso permitiu que ele o acompanhasse nesta que é a mais nova tentativa de depor Maduro.
Quem é Leopoldo López?
Nascido em Caracas, em 29 de abril de 1971, Leopoldo López estudou Economia na Universidade de Harvard. Em 2000, aos 29 anos, recebeu 51% dos votos nas eleições para a Prefeitura de Chacao, a cidade mais rica da grande Caracas, e em 2004 reelegeu-se com 81% da votação.
Em abril de 2002 foi um dos vários políticos por trás das manifestações que resultaram em um golpe de Estado, que afastou por pouco tempo do poder o então presidente Hugo Chávez. Em 2008, aos 41 anos, acabou proibido de exercer cargos públicos.
Foi em 2014, contudo, que López voltou aos holofotes na Venezuela ao liderar uma série de protestos contra o governo chavista. Na ocasião, suas táticas fizeram com que Maduro o responsabilizasse pelos mortos e feridos em manifestações de universitários em Caracas.
Naquele 12 de fevereiro, milhares de estudantes, acompanhados por López e outros líderes da oposição, marcharam contra a insegurança, a inflação, a escassez de produtos e a prisão de universitários.
Na época, o governo afirmou que a violência registrada foi causada por “grupos de ultradireita infiltrados”, que querem provocar um golpe de Estado no país. Como resultado, López foi preso, condenado a 14 anos de prisão, e viu sua carreira política interrompida. Com a aparição desta terça-feira, é bem possível que ganhe algum fôlego.
-
1. 2019-04-30T151612Z_1249405378_RC11DB509770_RTRMADP_3_VENEZUELA-POLITICS
zoom_out_map
1/21 Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas (Ueslei Marcelino/Reuters)
Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas
-
2. Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas
zoom_out_map
2/21 Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas (Manaure Quintero/Reuters)
Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas
-
3. Manifestantes da oposição enfrentam veículos militares perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas
zoom_out_map
3/21 Manifestantes da oposição enfrentam veículos militares perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Manifestantes da oposição enfrentam veículos militares perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas
-
4. Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas
zoom_out_map
4/21 Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas (Ueslei Marcelino/Reuters)
Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas
-
5. Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas
zoom_out_map
5/21 Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas (Ueslei Marcelino/Reuters)
Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas
-
6. 2019-04-30T151700Z_2017719877_RC19640A9740_RTRMADP_3_VENEZUELA-POLITICS
zoom_out_map
6/21 Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas (Ueslei Marcelino/Reuters)
Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas
-
7. Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas
zoom_out_map
7/21 Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas
-
8. Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas
zoom_out_map
8/21 Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Soldados e pessoas reagem ao som de tiros perto do Generalísimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota" em Caracas
-
9. Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas
zoom_out_map
9/21 Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como o legítimo governante interino do país, fala com os partidários em Caracas
-
10. Manifestante joga uma pedra em um veículo da Guarda Nacional
zoom_out_map
10/21 Manifestante joga uma pedra em um veículo da Guarda Nacional (Rafael Briceno/Getty Images)
Manifestante joga uma pedra em um veículo da Guarda Nacional
-
11. Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas
zoom_out_map
11/21 Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas (Anadolu Agency/Getty Images)
Apoiadores de Juan Guaidó perto do Generalisimo Francisco de Miranda Base Aérea "La Carlota", em Caracas
-
12. Pessoas reagem à medida que os militares passam perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda, em Caracas
zoom_out_map
12/21 As pessoas reagem à medida que os militares passam perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda, em Caracas (Manaure Quintero/Reuters)
Pessoas reagem à medida que os militares passam perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda, em Caracas
-
13. Militar mira com uma arma perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
zoom_out_map
13/21 Militar mira com uma arma perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Manaure Quintero/Reuters)
Militar mira com uma arma perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
-
14. Um membro militar joga uma bomba de gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
zoom_out_map
14/21 Um membro militar joga uma bomba de gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Um membro militar joga uma bomba de gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
-
15. Pessoas reagem ao gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
zoom_out_map
15/21 Pessoas reagem ao gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Pessoas reagem ao gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
-
16. Pessoas reagem ao gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
zoom_out_map
16/21 Pessoas reagem ao gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Pessoas reagem ao gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
-
17. Membros militares reagem a gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
zoom_out_map
17/21 Membros militares reagem a gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Membros militares reagem a gás lacrimogêneo perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
-
18. Gás lacrimogêneo é arremessado perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
zoom_out_map
18/21 Gás lacrimogêneo é arremessado perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
-
19. Militar apoiador de Juan Guaidó fica perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
zoom_out_map
19/21 Militar apoiador de Juan Guaidó fica perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Militar apoiador de Juan Guaidó fica perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
-
20. Militar apoiador de Juan Guaidó fica perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
zoom_out_map
20/21 Militar apoiador de Juan Guaidó fica perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Manaure Quintero/Reuters)
Militar apoiador de Juan Guaidó fica perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
-
21. O líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, fala com um membro militar perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas
zoom_out_map
21/21 O líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, fala com um membro militar perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas (Manaure Quintero/Reuters)
O líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, fala com um membro militar perto da base aérea Generalisimo Francisco de Miranda em Caracas