EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2012 às 16h51.
Cairo - As forças de segurança egípcias prenderam quatro pessoas suspeitas de invadir a embaixada dos Estados Unidos no Cairo durante os protestos realizados na terça-feira contra um vídeo considerado ofensivo ao profeta Maomé pelos muçulmanos, informou hoje a agência estatal "Mena".
Os quatro detidos foram apresentados na Promotoria do bairro de Qars, no Cairo, para que as medidas legais sejam tomadas. Enquanto isso, a polícia intensificou seus esforços para prender o resto dos acusados de saltar o muro do complexo da embaixada e arrancar a bandeira americana do local.
Milhares de pessoas, a maioria islamitas, concentraram-se ontem em frente à representação diplomática para protestar contra o vídeo. Alguns manifestantes conseguiram escalar o muro de três metros de altura do imponente complexo e retiraram a bandeira americana, colocando em seu lugar uma nova, da cor negra, com a frase: "Não há mais Deus que Alá e Maomé é seu profeta".
Uma fonte do serviço de segurança do Egito disse à Agência Efe que dezenas de manifestantes estão acampados hoje em frente à representação diplomática para pedir a expulsão da embaixadora Anne W. Patterson e o fechamento da legação.
A embaixada dos EUA no Egito informou que não funcionará nesta terça-feira devido aos protestos. No vídeo que originou os distúrbios Maomé é apresentado como fruto de uma relação ilegítima e aparece praticando sexo com uma mulher.
A imprensa internacional atribuiu a autoria do vídeo a um judeu americano que vive na Califórnia, enquanto alguns meios de comunicação egípcios falam que o filme foi feito por coptas residentes nos EUA.