Policiais fazem guarda na conferência da CNA: intenção do grupo era "eliminar diretamente a liderança desse país" (Mike Hutchings/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 07h46.
Bloemfontein - Quatro sul-africanos brancos foram indiciados pelo crime de traição, nesta terça-feira, por um suposto plano de explodir uma bomba em uma conferência do partido governista Congresso Nacional Africano (CNA) e executar o presidente Jacob Zuma e outros políticos do primeiro escalão do governo.
Os quatros, identificados como Mark Trollip, John Martin Keevy, Johan Hendrick Prinsloo e Hein Boonzaaier, foram levados a um tribunal da cidade de Bloemfontein, na região central do país, cercado por guardas armados com fuzis.
O promotor público Shaun Abrahams disse que os homens queriam estabelecer uma nação independente e que estavam planejando atacar o grande encontro do CNA que acontece na cidade esta semana.
O plano incluía explodir uma bomba em uma tenda onde estariam reunidos delegados do CNA, antes de uma tentativa de executar Zuma e ministros do governo durante um jantar, disse Abrahams à corte. Zuma e os ministros seriam mortos "ao estilo de execução", acrescentou.
A intenção do grupo, que estava tentando comprar fuzis AK-47, era "eliminar diretamente a liderança desse país", de acordo com Abrahams.
A imensa maioria dos sul-africanos brancos aceitou a vitória do CNA na eleição geral de 1994 que levou Nelson Mandela ao poder e encerrou décadas do regime de minoria branca. No entanto, uma pequena minoria continua contra a ascensão da maioria negra ao poder na principal economia da África.