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Quatro países europeus pretendem boicotar cúpula sobre migração

Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia pretendem boicotar a mini-cúpula da Comissão Europeia para discutir medidas sobre a crise imigratórias

Os participantes da reunião devem se comprometer para acelerar os envios dos requerentes de asilo de um país da UE para outro Estado. (Hani Amara/Reuters)

Os participantes da reunião devem se comprometer para acelerar os envios dos requerentes de asilo de um país da UE para outro Estado. (Hani Amara/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de junho de 2018 às 15h04.

Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia, os países do chamado grupo Visegrad, irão boicotar a mini-cúpula sobre imigração programada para domingo em Bruxelas, promovida pela Comissão Europeia.

Os primeiros-ministros dos quatro países, reunidos em Budapeste, contestaram a legitimidade desta reunião e afirmaram que reservaria sua presença à cúpula de 28 e 29 de junho em Bruxelas, com a participação de chefes de Estado e de Governo dos vinte e oito.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, é "responsável por organizar cúpulas e não a Comissão Europeia. Entendemos que haverá uma mini-cúpula, mas não vamos participar, porque isso vai contra os costumes da UE", declarou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.

"Nós não vamos participar. Eles querem apresentar uma proposta que já rejeitamos", insistiu o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki.

O mini-cúpula do domingo deverá reunir pelo menos dez líderes europeus, incluindo os da Alemanha, França, Espanha, Itália, Grécia, Malta, Áustria, Bulgária, Bélgica e Holanda, embora seja aberta a outros países europeus.

A reunião foi convocada num momento em que a CSU, os aliados bávaros da chanceler alemã Angela Merkel, a pressionam para obter um reforço das regras e práticas europeias em matéria de imigração.

De acordo com um documento de trabalho preliminar obtido pela AFP, os participantes da reunião devem se comprometer a acelerar os envios dos requerentes de asilo de um país da UE para outro Estado.

O texto também prevê a criação de um "mecanismo de solidariedade eficaz" com a distribuição obrigatória de imigrantes entre os diferentes Estados-membros, uma proposta categoricamente rejeitada pelos países de Visegrado.

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