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Quatro jornalistas do New York Times estão desaparecidos na Líbia

O New York Times disse que os jornalistas, entre eles o ganhador de dois prêmios Pulitzer Anthony Shadid, fizeram contato pela última vez na manhã de terça-feira em Ajdabiya

Segundo o jornal, o governo da Líbia garantiu ao Times que se os jornalistas tiverem sido capturados, eles serão soltos ilesos (John Moore/Getty Images)

Segundo o jornal, o governo da Líbia garantiu ao Times que se os jornalistas tiverem sido capturados, eles serão soltos ilesos (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2011 às 20h21.

Nova York - Quatro jornalistas cobrindo os conflitos na Líbia para o New York Times estão desaparecidos, informou o jornal nesta quarta-feira.

O New York Times disse que os jornalistas, entre eles o ganhador de dois prêmios Pulitzer Anthony Shadid, fizeram contato pela última vez com seus editores na manhã de terça-feira a partir da cidade de Ajdabiya.

Também estão desaparecidos Stephen Farrell -- repórter e cinegrafista que foi sequestrado pelo Taliban em 2009 e resgatado por tropas britânicas -- e dois fotógrafos, Tyler Hicks e Lynsey Addario, informou o NYT.

"Falamos com autoridades do governo líbio em Trípoli, e eles nos dizem que estão tentando esclarecer onde estão os nossos jornalistas", disse Bill Keller, editor-executivo do New York Times, em comunicado.

Segundo ele, o governo da Líbia garantiu ao Times que se os jornalistas tiverem sido capturados, eles serão soltos ilesos.

Um repórter brasileiro do jornal O Estado de S. Paulo foi liberado na semana passada após ter sido detido por autoridades líbias, mas um jornalista do britânico Guardian que estava com ele segue desaparecido.

Uma equipe da BBC também disse na semana passada que foi detida e agredida por forças líbias.

O líder líbio, Muammar Gaddafi, que está no poder desde um golpe militar em 1969, perdera o controle de várias partes do país para rebeldes no mês passado, mas desde então suas forças conseguiram recuperar a maior parte do território das mãos dos manifestantes.

Os protestos na Líbia acontecem após revoltas populares que derrubaram os líderes de Tunísia e Egito este ano.

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