O secretário americano de Defesa, Jim Mattis (Adnan Abidi/Reuters)
Reuters
Publicado em 28 de outubro de 2017 às 12h26.
Seul - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, disse neste sábado que não pode imaginar os Estados Unidos aceitando a Coreia do Norte como potência nuclear, alertando que o rápido avanço nuclear e do programas de mísseis do país irão debilitar, e não fortalecer, sua segurança.
Mattis tem se esforçado durante sua viagem de uma semana à Ásia para destacar que diplomacia é o caminho preferido dos Estados Unidos, em uma mensagem que retomou após conversas militares de alto escalão em Seul neste sábado e na tensa área fronteiriça com a Coreia do Norte na sexta-feira.
Ainda assim, ele alertou Pyongyang que as forças militares norte-coreanas não são páreas para a aliança entre EUA e Coreia do Sul.
"Não se engane --qualquer ataque contra os Estados Unidos, ou nossos aliados, será derrotado. E qualquer uso de armas nucleares pela Coreia do Norte será respondido com uma massiva resposta militar que é eficaz e esmagadora", disse Mattis.
O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Song Young-moo, rejeitou a ideia de envio de armas nucleares táticas à península em resposta aos avanços da Coreia do Norte.
Mas a aliança entre EUA e Coreia do Sul possui a habilidade de responder, mesmo que no evento de um ataque nuclear da Coreia do Norte, acrescentou Song.
Tensões entre Coreia do Norte e Estados Unidos têm aumentado após uma série de testes nucleares e de mísseis por Pyongyang e trocas verbais belicosas entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente dos EUA, Donald Trump.
A CIA informou que a Coreia do Norte pode estar somente a meses de desenvolver a habilidade de atingir os Estados Unidos com armas nucleares, um cenário que Trump prometeu evitar.
Mattis, também, disse que o comportamento de Kim não deixou espaço para imaginar aceitar o status nuclear de Pyongyang.
"Eu não consigo imaginar uma condição sob a qual os Estados Unidos podem aceitar a Coreia do Norte como uma potência nuclear", disse Mattis durante entrevista coletiva.