Vladimir Putin: funcionários de Inteligência afirmaram ter "um alto nível de confiança" do envolvimento (Sputnik/Alexei Druzhinin/Kremlin)
AFP
Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 08h53.
Funcionários da Inteligência dos Estados Unidos acreditam que o presidente russo, Vladimir Putin, tenha se envolvido pessoalmente em ciberataques durante a recente campanha eleitoral americana, para se vingar de Hillary Clinton, revelou a NBC News nesta quarta-feira.
Segundo a rede de televisão, que cita dois altos funcionários de Inteligência, Putin deu instruções diretas sobre como filtrar e usar a informação hackeada dos democratas para atingir a candidata Hillary Clinton, finalmente derrotada pelo republicano Donald Trump.
Os dois funcionários de Inteligência afirmaram ter "um alto nível de confiança" do envolvimento direto de Putin, destacou a NBC.
No final de semana passado, o jornal The Washington Post revelou que a CIA atribuía à Rússia a invasão de e-mails de indivíduos e instituições americanas com o objetivo de influenciar a eleição a favor de Trump.
Segundo a NBC, Putin jamais perdoou Hillary Clinton por questionar, quando era secretária de Estado, a integridade das eleições parlamentares de 2011 na Rússia, e por instigarprotestos nas ruas.
Os funcionários de Inteligência disseram à NBC que o objetivo inicial de Putin com os ciberataques era se vingar de Clinton, mas se tornou algo mais amplo para revelar que apolítica americana está corrompida.
Nas palavras de um dos funcionários, Putin quis "dividir os aliados-chave dos Estados Unidos e criar a imagem de que os EUA não são mais um líder global confiável".
Na preparação de possíveis retaliações, as agências de Inteligência americanas intensificaram as investigações sobre a riqueza pessoal de Trump, revelou a NBC, citando funcionários americanos.
Trump considera "ridícula" a acusação de que a Rússia está por trás dos ciberataques ao Comitê Nacional Democrata e a personalidades ligadas a Clinton.