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Putin "provavelmente" está envolvido em assassinatos, diz Trump

O presidente americano se referiu ao caso de envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal na Inglaterra

Trump: o presidente americano negou a interferência russa nas eleições americanas (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: o presidente americano negou a interferência russa nas eleições americanas (Kevin Lamarque/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 15h35.

São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "provavelmente" está envolvido em assassinatos e envenenamentos. "Mas eu conto com eles", acrescentou, sem detalhar em que áreas ou situações. O Reino Unido acusa Moscou de orquestrar o ataque com uma substância neurotóxica ao ex-espião russo Sergei Skripal na Inglaterra.

Em entrevista ao programa "60 Minutes", da emissora CBS, o republicano foi questionado sobre se Moscou de fato interferiu nas eleições presidenciais americanas de 2016. "Eles interferiram, mas acho que a China interferiu, também", respondeu.

"Você realmente acha que eu chamaria a Rússia para me ajudar com uma eleição? Eles não conseguiriam me ajudar em nada. Chamar a Rússia... É tão ridículo", desdenha Trump em determinado trecho do programa, que foi ao ar ontem.

Ainda nessa temática, o presidente americano alega que, "francamente, a China é um problema maior" que a Rússia. "Posso (impor mais tarifas sobre importações da potência asiática). Depende. Eles querem negociar. Tenho grande química com o presidente Xi (Jinping). Não podemos continuar com a China tirando US$ 500 bilhões por ano dos EUA em forma de comércio e outras coisas."

Quando indagado sobre como as obrigações adicionais sobre compras no exterior podem encarecer produtos americanos para consumidores do seu próprio país, Trump retrucou que "até agora, acabou não sendo esse o caso". "Eles (Pequim) podem retaliar (com novas cobranças extras sobre importações americanas), mas não têm munição suficiente para retaliar", alegou o presidente.

Ele argumentou ainda que não está tentando empurrar a China rumo a uma depressão, mas alegou que o país asiático está "caindo 32% em quatro meses", sem especificar a que indicador se referia. "Quero que negociem acordo justo conosco, quero que eles abram seus mercados como os nossos são abertos."

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