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Putin propõe proibir o casamento gay na Constituição da Rússia

As novas emendas incluiriam a menção de Deus na lei e estabeleceriam que o casamento só é possível entre um homem e uma mulher

Bandeira LGBT: anteriormente, o presidente russo já havia afirmado que um casamento só é possível entre homem e mulher (Foto/AFP)

Bandeira LGBT: anteriormente, o presidente russo já havia afirmado que um casamento só é possível entre homem e mulher (Foto/AFP)

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AFP

Publicado em 2 de março de 2020 às 18h35.

O presidente russo, Vladimir Putin, apresentou na Câmara Baixa do Parlamento (Duma) novas emendas, que incluem a menção de Deus na Constituição e estabelecem que o casamento só é possível entre um homem e uma mulher, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (2).

Putin havia anunciado em janeiro que a Rússia acrescentaria a sua constituição de 1993, uma iniciativa considerada por muitos destinada a preparar o que virá após 2024, ano no qual termina o seu quarto e último mandato presidencial.

Essas emendas constitucionais foram aprovadas pelos deputados por unanimidade durante a primeira leitura. Putin apresentou ainda 24 páginas suplementares antes da segunda leitura, considerada a mais importante, prevista para o próximo 10 de março, anunciou nesta segunda o presidente da Duma, Viasheslav Volodin.

"As emendas apresentadas pelo presidente são fruto do seu diálogo com representantes de todos os setores (políticos) e da sociedade civil", indicou comunicado publicado pela Duma.

A proposta dessas novas emendas é que a menção da "fé em Deus" seja incluída na Constituição, assim como que o casamento é a união entre um homem e uma mulher, afirmou o vice-presidente da Duma, Piotr Tolstoi, à AFP.

"Acredito que a maioria das propostas que foram discutidas serão levadas em consideração", ressaltou.

Essas novas emendas também proíbem que partes do território russo sejam cedidas a Estados estrangeiros, tornando ilegal qualquer chamado ou ação nesse sentido.

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