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Putin propõe a Bolton estudar melhorias nas relações entre Rússia e EUA

Putin afirmou que as relações russo-americanos não passam pelo seu melhor momento e que a visita do assessor americano é um bom começo

Putin e Trump se reuniram em julho de 2017 durante a cúpula do G20 e desde então mostraram disposição a um encontro bilateral (Sergei Karpukhin/Reuters)

Putin e Trump se reuniram em julho de 2017 durante a cúpula do G20 e desde então mostraram disposição a um encontro bilateral (Sergei Karpukhin/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de junho de 2018 às 14h42.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu nesta quarta-feira no Kremlin o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, a quem ofereceu estudar vias para melhorar as relações entre os dois países, no pior momento desde a queda da União Soviética.

"Devo constatar que as relações russo-americanos não passam pelo seu melhor momento. Já disse publicamente e volto a dizer agora: acredito que isto se deve em boa medida a uma aguda luta política interna dentro dos Estados Unidos", disse Putin à sua interlocutora no início da reunião.

O líder russo ressaltou que a visita de Bolton a Moscou "dá esperanças" para os primeiros passos no "restabelecimento das relações em todos os formatos".

"A Rússia nunca buscou o confronto. Espero que hoje possamos falar do que poderíamos fazer para restabelecer plenas relações sobre a base da igualdade e do respeito", recalcou.

Bolton apontou que a Administração de Trump mantém contatos inclusive com países como o Irã, com os quais mantém sérias diferenças.

"Inclusive no caso do Irã, com o qual temos sérias diferenças, nossos líderes e conselheiros se reuniram para garantir a estabilidade no mundo", disse o político americano.

Antes de chegar ao Kremlin, o assessor de Segurança Nacional americano, considerado um dos falcões da Casa Branca, esteve uma hora e meia reunido com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

Bolton também deve se reunir nesta tarde com o assessor de Putin para Assuntos Internacionais, Yuri Ushakov, e com membros do Conselho de Segurança da Rússia.

Está previsto que Ushakov faça "breves declarações" para a imprensa, antecipou nesta manhã o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

A Casa Branca e o Kremlin não ocultam que o objetivo da visita de Bolton, que aterrissou nesta manhã em Moscou, é preparar a cúpula bilateral entre Putin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que poderia ocorrer em meados de julho em Viena ou Helsinque.

"Bolton se reuniu com o presidente Putin e com outros altos cargos para falar sobre as relações entre a Rússia e os EUA e também sobre a possibilidade de uma reunião entre os presidentes (dos dois países)", escreveu hoje no Twitter a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

Putin e Trump se reuniram pela primeira vez em julho de 2017 durante a cúpula do G20 na Alemanha e desde então mostraram disposição a um encontro bilateral mais amplo.

A Casa Branca espera que a reunião entre os dois chefes de Estado seja realizada ou bem antes da cúpla da Otan, que acontecerá entre 11 e 12 de julho em Bruxelas, ou bem imediatamente depois da visita de Trump ao Reino Unido, prevista para 13 de julho, segundo o jornal britânico "The Times".

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