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Putin pode negar interferência russa nas eleições americanas, diz Trump

Trump, que vai se reunir com Putin na próxima segunda, disse que será interessante ouvir o presidente sobre a inferência russa nas eleições americanas

A reunião da próxima segunda será a primeira entre Trump e Putin desde que o americano assumiu a presidência dos EUA (Leah Millis/Reuters)

A reunião da próxima segunda será a primeira entre Trump e Putin desde que o americano assumiu a presidência dos EUA (Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de julho de 2018 às 10h49.

Bruxelas - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que abordará a suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais americanas com seu colega russo, Vladimir Putin, na reunião prevista para segunda-feira em Helsinque, e considerou que "pode ser que negue" qualquer envolvimento.

"Vai ser muito interessante escutar o que tem para dizer. Pode ser que negue. Tudo o que eu posso dizer é 'você fez?' e 'não faça outra vez', mas pode ser que ele negue", comentou Trump sobre a suposta interferência russa, em entrevista coletiva durante a cúpula da Otan.

Donald Trump disse antes de sua chegada a Bruxelas que o encontro com Putin poderia ser "o mais fácil de todos" os que realizará com diversos líderes nestes dias que passará na Europa. "Nunca se sabe", apontou.

Trump se reunirá pela primeira vez oficialmente com Putin desde que é presidente dos EUA na próxima segunda-feira, quando espera-se que tratem assuntos como o conflito sírio, a Ucrânia, o controle de armas e a suposta ingerência russa nas eleições americanas de 2016.

Esse assunto, sobre o qual Trump sempre se mostrou cético, motivou nos Estados Unidos uma investigação federal sobre os laços entre seu entorno e Moscou.

O líder americano também confirmou hoje que abordarão as violações do tratado INF contra as armas nucleares e, "talvez", a pedido de Moscou, que os aliados detenham os exercícios militares que realizam nos países Bálticos.

"Putin é concorrência (...) Alguém dizia que é meu inimigo. Não é o meu inimigo. É meu amigo? Não, não o conheço o suficiente. Mas as vezes nas quais o vi, nos demos bem", comentou Trump.

"Espero que levemos bem, acredito que levaremos bem, mas em último caso é um concorrente, representa a Rússia, eu represento os EUA. Nesse sentido, somos concorrentes (...) Espero que algum dia possamos ser amigos", acrescentou.

Perguntado sobre se reconhecerá a anexação russa da península ucraniana da Crimeia, o presidente dos EUA afirmou que seu antecessor no cargo, Barack Obama, "permitiu que isso ocorresse".

"Isso ocorreu durante seu mandato, não o meu. Eu teria deixado isso ocorrer? Não, não teria permitido. Mas ele permitiu", afirmou.

"O que ocorrerá com a Crimeia desde este ponto, não sei, mas não estou contente sobre a Crimeia", concluiu.

Após participar da cúpula da Otan, Trump viaja hoje a Londres antes de encerrar sua excursão europeia na segunda-feira na Finlândia, com a reunião com Putin.

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