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Putin pede respeito ao restabelecimento da justiça histórica

O presidente da Rússia pediu à comunidade internacional respeito ao restabelecimento do que qualificou como justiça histórica na Crimeia


	Vladimir Putin: russos da Crimeia sempre consideraram injusta cessão da península à Ucrânia
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Vladimir Putin: russos da Crimeia sempre consideraram injusta cessão da península à Ucrânia (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 13h13.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu nesta sexta-feira à comunidade internacional respeito ao restabelecimento do que qualificou como "justiça histórica" na Crimeia, península recentemente anexada pela Rússia depois de 60 anos como parte do território ucraniano.

"Nós respeitamos todos os países e povos, respeitamos seus direitos e interesses legais, mas pedimos que tratem da mesma forma nossos interesses legais: incluindo a autodeterminação", disse Putin durante sua primeira visita à Crimeia.

Ao falar de "justiça histórica", Putin se referia ao argumento utilizado por Moscou para justificar a anexação, já que os russos da Crimeia sempre consideraram injusta a cessão da península à Ucrânia por parte do dirigente soviético Nikita Kruschev em 1954.

Com relação ao direito à autodeterminação, mais de 96% dos crimeanos votaram a favor de ingressar na Federação Russa no referendo realizado em 16 de março.

Putin agradeceu aos habitantes da Crimeia e, em particular aos de Sebastopol, que conservaram geração após geração seu amor pela Rússia.

"E agora a mãe pátria lhes abriu os braços e lhes aceitou em sua casa como se fossem seus próprios filhos e filhas", disse.

Além disso, Putin lembrou que "ainda resta muito trabalho para fazer", já que é preciso restabelecer a economia e elevar o nível de vida da população.

"Rússia" e "Spasibo" (Graças) foram alguns dos lemas que gritaram os presentes ao ato no qual Putin pronunciou essas palavras.

Uma mulher idosa se aproximou de Putin e lhe deu um abraço depois que este depositou um ramo de flores no monumento aos heróis da defesa de Sebastopol, que foi libertada das tropas hitlerianas há 70 anos.

"Esperamos 23 anos", disse a idosa em referência à desintegração da União Soviética em 1991.

Com ocasião do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazista, Putin presidiu hoje um desfile militar no porto de Sebastopol, base da Frota russa do Mar Negro, ato ao qual assistiram dezenas de milhares de pessoas.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, tachou hoje de "inadequada" a visita de Putin à península ucraniana, já que a Aliança considera "ilegal e ilegítima a anexação russa da Crimeia".

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