Presidente russo Vladimir Putin na Assembleia da ONU: o presidente Barack Obama, em seu discurso na mesma assembleia, denunciou quem apoia líderes como o presidente sírio Bashar Al-Assad (Reuters / Carlo Allegri)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2015 às 14h13.
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta segunda-feira ante a Assembleia Geral da ONU uma ampla coalizão antiterrorista para lutar contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
"Seria parecida com a coalizão contra Hitler", na Segunda Guerra Mundial, e os países árabes "teriam um papal-chave", afirmou em seu primeiro discurso desde 2005 no plenário das Nações Unidas de Nova York.
Segundo Putin, a recusa de cooperar com o exército e o governo sírios é 'um erro enorme'.
"Seria um erro enorme não cooperar com aqueles que combatem frontalmente o terrorismo", enfatizou.
"Devemos reconhecer que ninguém salvo as forças armadas do presidente Assad combatem realmente o Estado Islâmico e outras organizações terroristas na Síria", declarou o líder russo.
Antes, o presidente Barack Obama, em seu discurso na mesma assembleia, denunciou quem apoia líderes como o presidente sírio Bashar Al-Assad, acusando-o de ser responsável pela morte de crianças.
A acusação foi um ataque direto à Rússia e ao Irã por seu apoio militar ao regime sírio.
Obama declarou que alguns Estados preferem estabilidade sobre a ordem internacional chancelada pela Carta das Nações Unidas, e tentam impô-la à força.
"Dizem que tal contenção é necessária para derrotar a desordem, que é a única maneira de acabar com o terrorismo ou prevenir a interferência estrangeira", afirmou.
"De acordo com esta lógica, deveríamos apoiar tiranos como Bashar al-Assad, que lança bombas de barril para massacrar crianças inocentes, porque a alternativa seria certamente pior", disse.
Rússia e Irã argumentaram que as potências mundiais deveriam apoiar o regime de Bashar al-Assad, ao menos até que as forças sírias consigam derrotar o grupo jihadista Estado Islâmico.
Obama disse, no entanto, que está "preparado para trabalhar com qualquer nação, incluindo a Rússia e o Irã, para resolver o conflito".