O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou neste sábado (1) o envio de tropas militares para a região da Crimeria, que desde a queda do governo ucraniano, na semana passada, enfrenta tensões e protestos (Baz Ratner/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2014 às 14h19.
Kiev - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou neste sábado (1) o envio de tropas militares para a região da Crimeia, que desde a queda do governo ucraniano, na semana passada, enfrenta tensões e protestos.
Em um comunicado, o líder russo afirmou que a situação no país vizinho e ex-membro da União Soviética (URSS) é "extraordinária" e coloca em risco a vida de cidadãos russos que vivem na Crimeia. Embora tenha maioria étnica russa, a Crimeira é uma região autônoma pertencente à Ucrânia. Putin pediu autorização ao Senado russo para o envio de militares. O pedido foi aceito neste sábado pelos parlamentares.
Por sua vez, o presidente interino ucraiano, Oleksandr Turchinov, criticou as ações da Rússia e definiu como "ilegal" a eleição de Sergei Aksionov ao cargo primeiro-ministro da Crimeira. Aksionov foi nomeado premier no último dia 27 pelo Parlamento da Crimeia, que destituiu o governo anterior e convocou um referendo para ampliar a autonomia da região. A votação ocorrerá em 25 de maio.
Ontem, o governo interino da Ucrânia também acusou Moscou de estar realizando uma "invasão armada" na Crimeia, com a ocupação de aeroportos e violação de espaço aéreo.
A tensão na Crimeia começou após a queda do governo de Viktor Yanukovich, no dia 21 de fevereiro. O ex-mandatário, que era próximo do governo russo, recusou um acordo de associação com a União Europeia (UE), ato de despertou protestos em todo o país.
EUA- O Parlamento russo também pediu neste sábado que o governo convoque o embaixador russo nos Estados Unidos para prestar explicações pelo discurso que o presidente Barack Obama fez ontem. Em um pronunciamento, Obama disse que seu governo está "profundamente preocupado" com a situação da Ucrânia.
Segundo ele, a intervenção russa na Crimeia é "uma grave violação dos direitos internacional e da soberania ucraniana".
União Europeia - Um Conselho de Ministros das Relações Exteriores extraordinário da UE pode ser convocado para a próxima segunda-feira para discutir a crise na Ucrânia, segundo fontes europeias.