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Putin ordena destruição total das forças ucranianas em Kursk

Presidente russo visita região pela primeira vez desde a invasão ucraniana e exige rápida liberação do território

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 12 de março de 2025 às 19h12.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encarregou nesta quarta-feira o Exército de destruir o que resta das Forças Armadas ucranianas na região russa de Kursk, onde a Rússia recapturou 86% do território controlado pelo inimigo, segundo militares russos.

"Estou confiante de que todas as missões à frente de nossas unidades de combate serão concluídas incondicionalmente e que o território da região de Kursk será completamente liberado do inimigo em um futuro próximo", declarou Putin ao visitar o posto de comando das tropas russas na região.

A tarefa das tropas russas agora é destruir "o mais rápido possível" o inimigo ainda entrincheirado em Kursk, disse ele.

— Sua tarefa é, em um futuro próximo, o mais rápido possível, destruir completamente o inimigo que se entrincheirou no território da região de Kursk e conduz operações militares aqui — afirmou o presidente russo, reforçando a necessidade de libertar totalmente o território, ocupado pelas forças ucranianas desde agosto de 2024.

Avanço militar e recuperação de território

O chefe do Kremlin, que visitou Kursk pela primeira vez desde o início da operação militar ucraniana, agradeceu ao Exército pelo progresso da contraofensiva em andamento e disse que, no futuro, seria necessário pensar na criação de uma "zona de segurança" ao longo da fronteira ucraniano-russa.

O chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, informou que os militares já haviam recuperado 86% do território de Kursk e que a operação para expulsar o inimigo ainda estava em andamento.

De acordo com Gerasimov, as tropas russas libertaram "24 localidades e 259 quilômetros quadrados" na região somente nos últimos cinco dias.

— Ao todo, mais de 1.100 quilômetros quadrados de território foram liberados durante as operações ofensivas, o que representa mais de 86% da área anteriormente ocupada pelo inimigo — detalhou o comandante militar.

Baixas ucranianas e ofensiva surpresa

Gerasimov disse que, durante a operação Kursk, o inimigo "perdeu mais de 67.000 militares" de suas unidades "mais altamente treinadas e motivadas", além de mercenários estrangeiros.

De acordo com a imprensa russa, a ofensiva pegou os defensores ucranianos desprevenidos, alguns dos quais recuaram ou se renderam como prisioneiros.

Os russos conseguiram chegar à retaguarda das tropas ucranianas por meio de 14 quilômetros de tubulações no gasoduto Urengoy-Pomary-Uzhgorod.

Segundo o portal "Gazeta.ru", os militares passaram seis dias sob a terra em uma operação já descrita como histórica por algumas autoridades russas.

Negociações para um cessar-fogo

Como parte da primeira rodada de negociações com os Estados Unidos na Arábia Saudita, a Ucrânia concordou, na terça-feira passada, com uma trégua de 30 dias ao longo de toda a frente, com a condição de que a Rússia também cumpra o cessar-fogo.

— A Ucrânia aceita essa proposta. Nós a consideramos positiva. Estamos prontos para dar esse passo — declarou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pedindo a Washington que convença Moscou a colocar o cessar-fogo em vigor o mais rápido possível.

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