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Putin negou intervenção russa ao ser pressionado por Trump

O secretário de Estado americano disse que os líderes se "conectaram muito rápido" e mostraram uma "clara e positiva química"

Putin e Trump: a "CNN", com base em fontes, informou que Trump não aceitou a negativa de Putin (Carlos Barria/Reuters)

Putin e Trump: a "CNN", com base em fontes, informou que Trump não aceitou a negativa de Putin (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de julho de 2017 às 17h41.

Hamburgo - O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, afirmou nesta sexta-feira que o presidente americano, Donald Trump, pressionou Vladimir Putin sobre a ingerência russa nas eleições dos Estados Unidos, o que foi negado pelo governante russo.

Em coletiva de imprensa durante a cúpula do G20 em Hamburgo, Tillerson comentou que os líderes se "conectaram muito rápido" e mostraram uma "clara e positiva química" na primeira reunião bilateral entre ambos.

Tillerson, que manteve boa relação com Putin no passado, compareceu ao encontro e afirmou que Trump abriu a reunião com o assunto da ingerência russa para afetar o resultado das eleições nos Estados Unidos, o que os serviços de inteligência americanos consideram provado.

Segundo a sua versão, Trump expressou as "preocupações do povo americano" sobre a possibilidade de Moscou tentar afetar o resultado das eleições do ano passado com vazamentos.

Putin negou que a ingerência tenha sido orquestrada pelo governo russo e pediu "provas" de que a Rússia atuou para afetar o resultado das eleições contra a candidata democrata, Hillary Clinton.

Após a reunião, foram divulgadas versões contraditórias da discussão entre Trump e Putin sobre a chamada trama russa, com o ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, assegurando que foi mostrado a Trump que não há provas sobre a ingerência russa.

Por outro lado, a emissora "CNN", com base em fontes americanas, informou que Trump não aceitou a negativa de Putin.

Com a aparente intenção de virar página de um escândalo que está sendo investigado pelo Congresso e um fiscal independente nos Estados Unidos, ambos os governantes decidiram trabalhar em um acordo de "não interferência" no processo politico da Rússia e dos Estados Unidos.

Tillerson também assegurou que grande parte da reunião discorreu sobre o conflito sírio, o que foi tratadou com "muito detalhe" e serviu para abordar áreas de possível colaboração.

O chefe da diplomacia americana também confirmou o acordo para um cessar-fogo no sudoeste da Síria, assinado entre Rússia, Jordânia e Estados Unidos, o que pode entrar em vigor no dia 9 de julho.

Tillerson declarou que a posição dos Estados Unidos segue sendo que o líder sírio, Bachar al Assad, não pode continuar no poder se quiser encerrar guerra civil.

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