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Putin não descarta exigir da Ucrânia adiantamento por gás

O presidente russo disse que não descarta exigir da Ucrânia o pagamento antecipado do gás russo para continuar fornecendo o combustível


	O presidente russo, Vladimir Putin: "receberão aquilo que pagarem"
 (AFP/ Alexander Nemenov)

O presidente russo, Vladimir Putin: "receberão aquilo que pagarem" (AFP/ Alexander Nemenov)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 13h45.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que não descarta exigir da Ucrânia o pagamento antecipado do gás russo para continuar fornecendo o combustível, devido a grande dívida do país vizinho, que supera os US$ 2 bilhões.

"A Gazprom fornecerá o volume de gás que a Ucrânia pagar com um mês de adiantamento. Receberão aquilo que pagarem", declarou Putin.

O presidente russo, no entanto, pediu para que a companhia estatal espere antes de aplicar a medida a que sejam realizadas novas consultas com Kiev.

As declarações foram feitas em uma reunião com o governo para discutir as relações com a Ucrânia no setor energético.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, lembrou que o contrato assinado com a Ucrânia em 2009 segue em vigor e "uma de suas condições é a passagem ao pagamento adiantado se as dívidas não forem canceladas".

"Se a situação crítica continuar, considero que existem todos os fundamentos para se passar para a forma de pré-pagamento", disse Medvedev.

A Gazprom anunciou na semana passada uma segunda alta do preço do gás para a Ucrânia, que terá que pagar a partir de abril US$ 485,5 por cada mil metros, após ter eliminado o desconto concedido ao antigo governo de Kiev.

Putin ironizou o apoio recebido pelas novas autoridades de Kiev -que Moscou não reconhece- por parte da União Europeia.

"É uma situação, para dizer assim, bastante estranha, porque como se sabe, nossos sócios na Europa reconhecem a legitimidade das atuais autoridades ucranianas, mas não fazem nada para apoiar a Ucrânia, nem um dólar, nem um só euro", afirmou.

Por outro lado, segundo Putin, a Rússia não reconhece a legitimidade do governo de Kiev, mas continua fornecendo ajuda econômica e subsidiando a economia da Ucrânia com centenas e bilhões de dólares até agora".

"Mas esta situação, claro, não pode se prolongar eternamente", disse o presidente.

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