Vladimir Putin: presidente russo discutiu com Barack Obama possível "solução diplomática" à crise na Ucrânia, informou Casa Branca em comunicado (Alexei Nikolsky/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2014 às 19h08.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu nesta sexta-feira um telefonema do líder russo, Vladimir Putin, com quem discutiu uma possível "solução diplomática" à crise na Ucrânia, informou a Casa Branca em comunicado.
Obama, que hoje fez escala na Arábia Saudita após sua viagem europeia, pediu ao presidente russo para retirar suas tropas das fronteiras com a Ucrânia e a não "violar ainda mais a integridade territorial" do país.
Os líderes falaram ainda sobre a proposta que o secretário de Estado americano, John Kerry, fez nesta semana a seu colega russo, Sergei Lavrov, durante sua reunião em Haia.
Obama sugeriu que a Rússia faça uma proposta concreta por escrito e ambos presidentes decidiram que Kerry e Lavrov se reunirão para discutir os próximos passos.
O presidente americano declarou que o governo da Ucrânia segue adotando um enfoque sóbrio e de diminuição progressiva das tensões, ao mesmo tempo em que avança com sua reforma constitucional e as próximas eleições democráticas.
Obama solicitou à Rússia apoiar este processo e "evitar novas provocações, incluindo a acumulação de forças em sua fronteira com a Ucrânia".
Após a saída do governo pró-russo em Kiev, Moscou enviou tropas para tomar a estratégica região ucraniana da Crimeia, que anexou à Federação Russa, e a Casa Branca teme que a presença de soldados na fronteira com a Ucrânia possa levar a novas invasões de províncias com população de origem russa.
O presidente dos Estados Unidos reiterou a Putin que seu governo segue apoiando um caminho diplomático, em estreita consulta com o governo da Ucrânia e com o apoio do povo ucraniano a fim de chegar a uma solução da crise.
Segundo o comunicado, Obama ressaltou que isto "só será possível se a Rússia retirar suas tropas e não tomar nenhuma medida para violar ainda mais a integridade territorial e a soberania da Ucrânia".
Atualizado às 19h08.