Imagem de arquivo de Putin: A Ucrânia anunciou na segunda-feira à noite a retomada da lei marcial nas regiões de fronteira durante 30 dias (Kevin Lamarque/Reuters)
AFP
Publicado em 27 de novembro de 2018 às 08h43.
O presidente russo, Vladimir Putin, expressou a Angela Merkel a "séria preocupação" de Moscou depois que a Ucrânia decretou lei marcial e pediu a chanceler alemã que tente dissuadir Kiev de qualquer ato "irracional", anunciou o Kremlin.
Os dois governantes conversaram por telefone "por iniciativa alemã" para abordar o "perigoso incidente" que aconteceu no domingo no Mar Negro, segundo um comunicado divulgado pelo Kremlin.
Durante a conversa com Merkel, Putin "expressou uma séria preocupação com a decisão de Kiev de colocar suas Forças Armadas em estado de alerta e de instaurar a lei marcial", afirma o texto.
O presidente russo denunciou as "ações de provocação da parte ucraniana e uma grosseira violação das normas de direito internacional por seus navios militares", destaca o comunicado.
Putin também disse "esperar que Berlim possa influenciar as autoridades ucranianas para dissuadi-las de posteriores atos irracionais".
No domingo, a Guarda Costeira russa, vinculada ao Serviço Federal de Segurança (FSB), capturou três embarcações da Marinha ucraniana, acusadas por Moscou de entrada ilegal nas águas territoriais russas diante da península anexada da Crimeia.
O incidente aconteceu no Mar Negro, quando os navios tentavam ter acesso ao estreito de Kerch para entrar no Mar de Azov.
Após o brusco aumento da tensão, a Ucrânia anunciou na segunda-feira à noite a retomada da lei marcial nas regiões de fronteira durante 30 dias.