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Putin está 'aberto ao contato', diz Kremlin, após Trump indicar reunião sobre Ucrânia

Mensagem do porta-voz Dmitry Peskov acontece um dia após presidente eleito afirmar que estava organizando um encontro para falar da guerra na Europa

Agência o Globo
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Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 07h40.

Última atualização em 10 de janeiro de 2025 às 07h40.

O presidente russo, Vladimir Putin, está "aberto ao contato" com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sem impor condições prévias, anunciou o Kremlin nesta sexta-feira, 10. Moscou elogiou a "disposição de resolver problemas por meio do diálogo".

"O presidente declarou repetidamente que está aberto a contatos com líderes internacionais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, incluindo Donald Trump", disse o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov.

Donald Trump afirmara um dia antes que estava organizando uma reunião com o líder russo para "colocar fim" à guerra na Ucrânia.

"Ele quer que nos encontremos, e estamos no processo de organizar isso", disse o magnata republicano antes de uma reunião com governadores de seu partido, em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida. "Putin quer que nos encontremos, ele até disse isso publicamente, e precisamos colocar fim a essa guerra, que é um verdadeiro desastre".

Durante sua sessão anual de perguntas e respostas transmitida em 19 de dezembro, Putin afirmou estar disposto a se encontrar com o líder norte-americano "a qualquer momento".

"Se algum dia nos reunirmos com o presidente eleito Trump, tenho certeza de que teremos muito o que discutir", declarou o líder russo.

Trump, que assumirá a Presidência em 20 de janeiro para um segundo mandato, prometeu durante sua campanha eleitoral acabar com a guerra na Ucrânia "em 24 horas" e já pediu um "cessar-fogo imediato" e negociações.

Autoridades europeias e ucranianas temem, no entanto, que, para alcançar esse objetivo, Trump force Kiev a fazer grandes concessões, concedendo ao Kremlin uma vitória geopolítica.

Sob a presidência do democrata Joe Biden, os Estados Unidos foram o principal aliado da Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, fornecendo mais de US$ 65 bilhões em ajuda militar.

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