Presidente do Irã Hassan Rohani (E) e o presidente russo Vladimir Putin: "presidentes conversaram sobre problemas internacionais atuais", diz comunicado (AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 10h10.
Moscou - O presidente russo Vladimir Putin e seu colega iraniano Hassan Rohani conversaram por telefone sobre o programa nuclear do Irã e a crise na Síria, anunciou o Kremlin em um comunicado.
"Os dois presidentes conversaram sobre os problemas internacionais atuais, incluindo a situação na Síria e o contexto dos preparativos da conferência de Genebra 2", afirma o comunicado.
Os dois também analisaram a aplicação dos acordos sobre o programa nuclear iraniano, acrescentou o texto da presidência russa.
Delegações do Irã e da União Europeia se reúnem nesta quinta e sexta-feira, em Genebra, para finalizar o acordo interino sobre o programa nuclear iraniano, em particular a questão das centrífugas de última geração.
As negociações ocorrem em meio a uma grande discrição. O local da reunião, a identidade dos participantes e o programa de discussões não foram divulgados.
No entanto, o Departamento de Estado americano confirmou a presença nesta quinta-feira em Genebra de seu número três, a vice-secretária de Estado para Assuntos Políticos, Wendy Sherman.
Por sua vez, o Irã anunciou que Abbas Araghchi, chefe dos negociadores iranianos e vice-ministro das Relações Exteriores, deve se reunir com a diplomata europeia Helga Schmid nesta quinta e sexta-feira em Genebra.
Helga Schmid ocupa o cargo de adjunta da chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, que tem a seu cargo as negociações em nome do grupo 5+1.
Os especialistas do Irã e do grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha) tentam definir há dois meses as modalidades que permitam executar o acordo alcançado em Genebra no dia 24 de novembro.
Este acordo prevê, entre outras coisas, que não existam novas sanções contra o Irã durante um período de seis meses, no qual Teerã também se comprometeu a congelar o desenvolvimento de seu programa nuclear