Putin: "Como bem sabemos, durante a campanha eleitoral americana, o atual governo ucraniano adotou uma posição unilateral de apoio a um candidato" (Alexei Druzhinin/Kremlin/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 15h50.
Última atualização em 2 de fevereiro de 2017 às 15h59.
Redação Central - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou nesta quinta-feira as autoridades da Ucrânia de querer intensificar o conflito no leste do país, para poder se aproximar do novo mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, após terem apoiado a democrata Hillary Clinton.
"Como bem sabemos, durante a campanha eleitoral americana, o atual governo ucraniano adotou uma posição unilateral de apoio a um candidato, e, sobretudo, alguns oligarcas, com o sinal verde dos dirigentes políticos, financiaram este candidato, ou, para ser mais preciso, candidata", afirmou o líder russo.
Putin, que concedeu entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, com quem se reuniu em Budapeste, afirmou que a única forma dos dirigentes da Ucrânia se e entenderem com Trump era intensificando o conflito.
"Agora, terão que acertar as relações com a atual administração e, através de um conflito sempre é melhor, mais cômodo. É mais fácil envolver o novo governo na resolução do problema ucraniano e abrir assim algum tipo de diálogo", disse o mandatário russo.
Putin considerou que o governo de Kiev não está disposto a cumprir os acordos de paz determinados em Minsk, para chegar a uma solução do conflito no leste, pró-Rússia, da Ucrânia, e buscam uma desculpa para conseguir a revogação.