Mikhail Khodorkovski: fundador da companhia petrolífer de 50 anos, foi detido em outubro de 2003 e cumpre pena na região de Chita (Sibéria) (WIKIMEDIA COMMONS)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 11h21.
Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira que indultará em breve o preso fundador da desapropriada petrolífera Yukos, Mikhail Khodorkovski, que deveria deixar a prisão em outubro de 2014.
"Passou mais de 10 anos na prisão. É um castigo sério. (Ao solicitar o indulto) se baseia em circunstâncias de caráter humanitário. Sua mãe está doente, em breve será assinado o decreto sobre seu indulto", disse Putin após concluir sua entrevista coletiva anual.
Até agora, o preso político mais importante da Rússia, que cumpre pena desde 2005 por diversos crimes financeiros, tinha se negado a solicitar o indulto por questão de princípios.
Putin explicou que, para poder ser indultado, o condenado "deveria, de acordo com a lei", fazer um pedido formal, o que segundo o presidente ocorreu agora.
O advogado do magnata preso, Vadim Kliuvgant, negou que Khodorkovski tenha solicitado o indulto ao Kremlin.
"Não solicitou e nos últimos tempos não dispomos de informação sobre alguém que tenha pedido em seu nome", disse às agências locais.
Durante a entrevista coletiva, Putin chegou a dizer que não via perspectiva para o caso Khodorkovski, quem caiu em desgraça quando decidiu no início da década passada financiar a oposição ao recém eleito Putin.
O anúncio do indulto do antigo homem mais rico da Rússia aconteceu depois que o procurador adjunto, Aleksandr Zviaguintsev, anunciou que o multimilionário ainda é objeto de várias investigações, entre elas uma sobre lavagem de dinheiro no valor de US$ 10 bilhões.
Khodorkovski, de 50 anos, foi detido em outubro de 2003 e cumpre pena na região de Chita (Sibéria).