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Putin demite autoridades policiais envolvidas em prisão de jornalista

Conhecido por suas investigações sobre corrupção, o jornalista Ivan Golunov foi detido na última quinta-feira acusado de tráfico de drogas

Rússia: duas autoridades policiais envolvidas na detenção do jornalista foram demitidos (Tatyana Makeyeva/Reuters)

Rússia: duas autoridades policiais envolvidas na detenção do jornalista foram demitidos (Tatyana Makeyeva/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de junho de 2019 às 14h05.

O presidente russo, Vladimir Putin, demitiu, nesta quinta-feira (13), duas autoridades policiais envolvidas na detenção por tráfico de drogas do jornalista investigativo Ivan Golunov, que foi solto e teve as acusações contra ele retiradas após a mobilização da sociedade civil.

O chefe do departamento de luta contra o tráfico de drogas da cidade de Moscou, major-general Yuri Deviatkin, e o responsável pelas forças da ordem no distrito oeste de Moscou, major-general Andrei Puchkov, "são substituídos das funções que exercem", indicou um decreto sancionado por Putin.

Na terça-feira, algumas horas depois que as acusações contra Golunov foram retiradas, o ministro russo do Interior, Vladimir Kolokoltsev, afirmou que pediria a Putin para retirar ambos de suas funções.

Segundo Kolokoltsev, os policiais que prenderam Golunov ficarão suspensos enquanto o caso é investigado.

Jornalista do veículo independente Meduza, conhecido por suas investigações sobre corrupção das elites e fraudes em setores como microcrédito, ou pompas fúnebres, Ivan Golunov foi detido na última quinta. Dois dias depois, foi posto sob detenção domiciliar.

O caso ganhou enorme repercussão na Rússia, e os colegas e simpatizantes de Golunov denunciaram uma armação para impedir suas investigações jornalísticas.

Ontem, a polícia reprimiu uma marcha organizada em seu apoio em Moscou e prendeu mais de 400 pessoas.

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