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Putin defende a união euroasiática

O primeiro-ministro russo defendeu a unificação dos Estados posteriores à queda da União Soviética

Putin afirma que o projeto é um "progresso histórico" para todos os Estados posteriores à URSS
 (Alexey Druzhinin/AFP)

Putin afirma que o projeto é um "progresso histórico" para todos os Estados posteriores à URSS (Alexey Druzhinin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 10h30.

Moscou - O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, defendeu a unificação dos Estados posteriores à queda da União Soviética em uma "União Euroasiática", em um artigo publicado nesta terça-feira, após o anúncio de sua candidatura à presidência da Rússia.

O texto de Putin, publicado no jornal Izvestia, esboça um grande projeto para que os Estados que antes integravam a União Soviética se unam em uma cooperação mais estreita, cinco meses antes da eleição que pode deixá-lo à frente das decisões de política externa por pelo menos seis anos.

O artigo, publicada na primeira página do jornal e com o título "Novo projeto de integração euroasiática: um futuro que começa hoje", elogia a integração econômica russa com Belarus e Cazaquistão.

"Concebemos uma meta mais ambiciosa para passar a um nível de integração novo e mais elevado: a União Euroasiática, que será baseada na experiência da União Europeia e outras coalizões regionais", afirma.

Há alguns anos Moscou busca uma cooperação econômica mais estreita com os antigos parceiros soviéticos. Formou uma união alfandegária com Belarus e Cazaquistão em 2009.

Putin alega no texto que o projeto é um "progresso histórico" para todos os Estados posteriores à URSS, que eliminará os obstáculos aos acordos empresariais, assim como para as pessoas que procuram emprego.

"A ideia não é recriar a União Soviética de alguma forma", escreve Putin, antes de completar que a União Euroasiática combinaria o capital humano e econômico de seus membros para "garantir a estabilidade do desenvolvimento mundial".

O plano de criar uma União Euroasiática levanta dúvidas sobre o futuro da Rússia dentro da Organização Mundial do Comércio (OMC), um tema permanente na agenda de política externa do presidente Dmitri Medvedev.

A Rússia é a maior economia que permanece fora da OMC. O país tenta entrar para a organização internacional há muitos anos.

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