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Putin declara lei marcial nas quatro regiões anexadas da Ucrânia

As regiões de Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk foram anexadas em setembro após referendo visto como ilegal pelas nações Unidas

Putin: lei marcial nas regiões anexadas (AFP/AFP Photo)

Putin: lei marcial nas regiões anexadas (AFP/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2022 às 10h03.

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou na manhã desta quarta-feira, 19, lei marcial, um estado de exceção, em quatro regiões ucranianas que o Kremlin considera agora regiões da Rússia.

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“Assinei um decreto sobre a introdução da lei marcial nesses quatro súditos da Federação Russa, para que seja imediatamente enviado ao Conselho da Federação”, disse Putin nesta quarta-feira. A oficialização pelo conselho russo deve ocorrer em breve.

As regiões envolvidas são Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk, onde a Rússia organizou em setembro referendos para legitimar a anexação a território russo. As votações foram condenadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

VEJA TAMBÉM: Ocupação russa inicia retirada de moradores de Kherson, no sul da Ucrânia

A Rússia não controla totalmente as quatro regiões, e ainda há embates ocorrendo com forças ucranianas. Líderes locais instalados pela Rússia estão em guerra com o exército ucraniano no momento e a expectativa é que a guerra se intensifique nessas regiões.

A nova lei marcial é vista como uma tentativa da Rússia de ampliar seu controle sobre as regiões e levar a saída de civis do local antes que se torne uma zona de guerra. Segundo a agência Reuters, líderes instalados da Rússia em Kherson começaram a realocar até 60 mil pessoas na região. Em Kherson, o exército ucraniano vinha obtendo alguns avanços nas últimas semanas.

Vladimir Saldo, chefe da administração russa de ocupação, disse à TV russa que a evacuação da cidade é uma medida de precaução e que as tropas russas prosseguirão lutando arduamente contra os militares ucranianos. "Ninguém vai entregar Kherson. Mas para os moradores não é o ideal permanecer na cidade durante as hostilidades", disse Saldo, antes de acrescentar que "os militares lutarão até a morte".

(Com informações da AFP)

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