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Puigdemont retira candidatura à liderança da Catalunha

Puigdemont se tornou o cabeça do movimento que resultou em uma declaração unilateral de independência feita pelo Parlamento catalão em outubro

Puigdemont: ele disse que seu partido irá propor um ativista pró-separação como alternativa (Yves Herman/Reuters)

Puigdemont: ele disse que seu partido irá propor um ativista pró-separação como alternativa (Yves Herman/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de março de 2018 às 21h40.

Madri - O ex-líder da Catalunha Carles Puigdemont retirou nesta quinta-feira sua candidatura para um segundo mandato no cargo, causando um revés ao movimento separatista da região do nordeste da Espanha.

Puigdemont se tornou o cabeça do movimento que resultou em uma declaração unilateral de independência feita pelo Parlamento catalão em outubro. Após a declaração, ele e seu governo foram destituídos pelo primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, e ele fugiu para um exílio autoimposto em Bruxelas.

Partidos pró-independência conquistaram uma maioria nas eleições que Rajoy convocou na Catalunha em dezembro, e Puigdemont havia feito campanha para ser reintegrado como líder da região. Apoiadores haviam dito que ele poderia governar à distância.

Anunciando estar retirando provisoriamente sua candidatura, ele disse que a decisão "é baseada em somente uma razão --sob condições atuais é a maneira de conseguir um novo governo em funcionamento".

Em frente uma bandeira regional catalã e uma bandeira da União Europeia em um local não informado, ele falou em discurso televisionado divulgado em suas contas nas redes sociais.

Puigdemont disse que seu partido irá propor um ativista pró-separação, Jordi Sánchez --atualmente em prisão preventiva em um presídio em Madri por acusações de insubordinação-- como um candidato alternativo.

A Catalunha tem sido comandada diretamente por Madri pelos últimos quatro meses, desde que Rajoy invocou poderes constitucionais para assumir o governo da região.

Puigdemont enfrenta acusações de insubordinação e rebelião na Espanha e provavelmente será preso se retornar. Especialistas legais do Parlamento da Catalunha e o governo espanhol rejeitaram a noção de que ele governasse de Bruxelas.

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