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PT e PMDB acertam rodízio na presidência da Câmara

Insatisfeitos com a união das duas siglas, o bloco de partidos da esquerda formado por PCdoB, PSB e PDT uniu-se à oposição (PSDB, DEM e PPS)

PT e PMDB assinaram documento que estabelece o rodízio entre as duas legendas no comando da Casa  (Arquivo/AGÊNCIA BRASIL/EXAME.com)

PT e PMDB assinaram documento que estabelece o rodízio entre as duas legendas no comando da Casa (Arquivo/AGÊNCIA BRASIL/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 20h55.

Após um mês envolvendo tensas negociações, o vice-presidente eleito e presidente do PMDB, Michel Temer, e o presidente do PT, José Eduardo Dutra, assinaram na tarde de hoje um documento selando acordo para a eleição da presidência da Câmara. O documento estabelece o rodízio entre as duas legendas no comando da Casa de 2011 a 2014, sendo um biênio para cada sigla. A eleição para a presidência do Senado não faz parte do acordo.

Além disso, o documento não inclui cláusula que estabelece qual partido indicará o candidato à presidência no próximo biênio. Entretanto, as duas partes já acertaram, verbalmente, a assinatura de um adendo prevendo que o PT indicará o candidato para comandar a Casa nos primeiros dois anos (2011-2012), o qual terá o apoio do PMDB.

Em contrapartida, o PT apoiará um peemedebista para presidir a Câmara no segundo biênio. O PT deve definir o nome de seu candidato na próxima semana. A bancada divide-se entre o líder do governo, Candido Vaccarezza (SP), e o ex-presidente da Casa Arlindo Chinaglia (SP). O indicado do PMDB para disputar a presidência em 2013 é o líder da bancada, Henrique Eduardo Alves (RN).

Temer foi o primeiro a assinar o documento nesta manhã, na residência oficial da Câmara, antes de embarcar para São Paulo. Um mensageiro entregou o documento a Dutra, que o referendou. Dutra e o deputado Antonio Palocci, futuro ministro-chefe da Casa Civil, se reuniram com a presidente eleita, Dilma Rousseff, na Granja do Torto, na noite de hoje.

Insatisfeitos com a união das duas siglas, o bloco de partidos da esquerda formado por PCdoB, PSB e PDT uniu-se à oposição (PSDB, DEM e PPS) e deve lançar um candidato à presidência da Câmara para se contrapor ao nome apoiado por PMDB e PT.

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