Assessores do governo de Agnelo Queiroz apareceram em conversas gravadas pela Polícia Federal pedindo propina a pessoas ligadas à construtora Delta (VEJA)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2012 às 11h50.
Brasília – Foi entregue à Câmara Legislativa do Distrito Federal mais um pedido de impeachment contra o governador do DF, Agnelo Queiroz. A demanda, feita por integrantes do PSDB no final da tarde de ontem (23), foi a segunda para o afastamento de Agnelo desde o início deste ano. A primeira foi de uma aliança entre o PSOL, o Comitê Ficha Limpa no DF e o Movimento Adote um Deputado, há uma semana. O novo pedido menciona o afastamento imediato do governador e a abertura de processo de impeachment.
A requisição foi assinada pelo vice-presidente do PSDB no Distrito Federal, Raimundo Ribeiro, e mais oito integrantes do partido. O pedido será analisado pela procuradoria da Câmara Legislativa, que tem cinco dias para emitir parecer.
A análise do pedido de impeachment protocolado pelo PSOL deve ser divulgada ainda esta semana, segundo informações da presidência da Câmara Legislativa.
No ano passado, foram entregues cinco pedidos para o afastamento de Agnelo – todos arquivados pela procuradoria da Câmara.
Segundo informações divulgadas na imprensa, assessores do governo de Agnelo Queiroz apareceram em conversas gravadas pela Polícia Federal pedindo propina a pessoas ligadas à construtora Delta, que tem contrato para recolhimento do lixo no DF.
A empresa Delta é acusada de ter ligações com o empresário suspeito de comandar esquema de jogos ilegais, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está no presídio da Papuda, em Brasília.