Membros do PSB na sede do comitê de campanha de Eduardo Campos em Recife (REUTERS/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2014 às 14h16.
Brasília - O Partido Socialista Brasileiro (PSB) abriu nesta terça-feira o horário eleitoral gratuito para os candidatos à presidência com um programa em homenagem a Eduardo Campos, o líder da formação que morreu na última quarta-feira em um acidente aéreo.
O PSB, que deverá oficializar amanhã a candidatura de Marina Silva para as eleições do dia 5 de outubro, utilizou os dois minutos que tinha direito para exibir as mensagens gravadas por Campos dias antes de sua trágica morte.
"Necessitamos de um Brasil que cuide de seu principal patrimônio, que é esse povo alegre", declara Campos nas imagens gravadas há cerca de dez dias, nas quais ele aparece ao lado de estudantes, operários, agricultores e empresários.
O breve programa do partido ainda foi encerrado com uma frase que Campos pronunciou em sua última entrevista, realizada um dia antes de sua morte, e que agora seus seguidores transformaram em bandeira: "Não vamos desistir do Brasil. É aqui que vamos criar nossos filhos".
Entre as mensagens exibidas hoje, Campos também se mostra contra o governo da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição e com quem rompeu em meados de ano passado para se candidatar à presidência.
"É preciso aproximar o Estado da sociedade", "dizer não à corrupção" e "não aos 39 ministérios" que mantém o atual governo e cujo número, segundo sustentava Campos, deve ser reduzido para tornar o Estado mais eficiente.
Embora ainda não tenha sido confirmada, a candidatura da ex-ministra Marina Silva é dada como certa pelos líderes do PSB, tendo em vista que ela se filiou ao partido no ano passado e era companheira de chapa de Campos como candidata à vice-presidência.
Uma pesquisa divulgada ontem pelo Datafolha, a primeira realizada após a morte de Campos, indicou que a atual presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, lidera as intenções de voto com 36%, enquanto Marina aparece com 21% - 1% a mais que Aécio Neves.
No entanto, em relação a um possível segundo turno entre Dilma e Marina, a candidata do PSB obteria 47% dos votos, contra 43% da presidente.
Apesar da ligeira vantagem, o Datafolha diz que a mesma representa um empate técnico, já que a margem de erro da pesquisa se situa em dois pontos percentuais.