Partidários do general Ahmed Shafiq em protesto nos arredores da Suprema Corte Constitucional no Cairo no dia 14 de junho de 2012 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2012 às 06h44.
São Paulo - Centenas de manifestantes protestaram nos arredores da Suprema Corte Constitucional no Cairo, Egito, após a justiça anular a composição da Câmara Baixa nesta quinta-feira. O Tribunal Constitucional egípcio também considerou inconstitucional a Lei de Isolamento Político, que impediria o general reformado Ahmed Shafiq de se candidatar à presidência do país.
A justiça local considerou a lei como uma infração à Constituição, pois, com ela, os candidatos concorreram representando partidos políticos e não de forma independente.
Shafiq foi último primeiro-ministro de Hosni Mubarak, ditador que comandou o Egito com mão de ferro por 30 anos. Mubarak foi condenado à prisão perpétua no último dia 2 de junho e sofreu duas paradas cardíacas antes de entrar em coma no dia 11.
O ditador renunciou ao poder em fevereiro de 2011, após um movimento inspirado na Primavera Árabe da Tunísia exigir reformas no governo egípcio a partir de janeiro.
A Lei de Isolamento Político, aprovada em abril, impedia ex-altos-funcionários do antigo regime de Mubarak de se candidatar. O novo governo egipcio ainda não foi formado desde a queda da ditadura e, desde então, o exército assumiu o país. No protesto, a população acusa os militares de terem dado um golpe.
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