Venezuela: mais de 50 pessoas ficaram feridas nos protestos (Observatório Venezuelano de Conflito Social/Getty Images)
Agência Brasil
Publicado em 2 de maio de 2019 às 11h03.
Última atualização em 2 de maio de 2019 às 13h01.
Os protestos dessa quarta-feira (1º) na Venezuela levaram à morte de uma mulher e dois adolescentes, depois de, no dia anterior, ter morrido um jovem em Aragua. O segundo dia consecutivo de manifestações teria ainda deixado quase 50 pessoas feridas mas, de acordo com o Serviço Municipal de Saúde, todas estão fora de perigo. As manifestações poderão continuar hoje.
Jurubith Rausseo, de 27 anos, morreu numa clínica depois de ter sido atingida na cabeça por uma bala durante os protestos. A informação é da organização não governamental Observatório Venezuelano de Conflito Social.
Me comprometo a hacer que la muerte en quirófano de Jurubith Rausseo, de sólo 27 años, le pese a quienes decidieron disparar contra un Pueblo que decidió ser libre.
Esto tiene que parar y los asesinos tendrán que hacerse cargo de sus crímenes. Pondré mi vida en que así sea.
— Juan Guaidó (@jguaido) May 2, 2019
Juan Guaidó confirmou essa morte em sua página no Twitter. "Comprometo-me a fazer com que a morte de Jurubith Rausseo, de apenas 27 anos, numa sala de cirurgia, pese a quem decidiu disparar contra um povo que decidiu ser livre", afirmou.
Os adolescentes Yoifre Hernández Vásquez, de 14 anos, e Yosner Graterol, de 16, também morreram em consequência de protestos contra o governo de Nicolás Maduro.
A Venezuela vive enorme tensão política desde janeiro deste ano, quando Maduro tomou posse de um novo mandato que não é reconhecido pela oposição e por parte da comunidade internacional. Guaidó se autoproclamou presidente de um governo interino, que conta com o apoio de mais de 50 países.
Paralelamente, o país sul-americano vive a pior crise econômica de sua história, o que gera protestos diários para denunciar a escassez severa de alimentos e remédios e a péssima prestação de serviços públicos.