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Protestos na Áustria terminam com 6 feridos e 54 presos

Foram registradas também outras 150 denúncias durante a manifestação contra baile do ultranacionalista que mobilizou cerca de 5 mil pessoas


	Viena: Foram registradas também outras 150 denúncias durante a manifestação contra baile do ultranacionalista
 (Ulli Michel/Getty Images)

Viena: Foram registradas também outras 150 denúncias durante a manifestação contra baile do ultranacionalista (Ulli Michel/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2015 às 08h52.

Viena - Pelo menos seis policiais ficaram feridos e outras 54 pessoas foram presas durante os protestos contra a realização de um baile do ultranacionalista Partido Liberal da Áustria (FPÖ) em Viena, informou neste sábado a polícia da capital austríaca em comunicado.

Segundo as autoridades, foram registradas também outras 150 denúncias durante a manifestação que mobilizou cerca de 5 mil pessoas na noite de ontem.

Para prevenir incidentes ao longo dos protestos, convocados por diversos grupos de esquerda, 2,5 mil agentes de segurança foram colocados nas ruas para garantir acesso dos convidados ao polêmico Baile dos Acadêmicos, organizado no antigo Palácio Imperial da Áustria.

Os seis policiais sofreram hematomas e cortes, detalhou o porta-voz da polícia de Viena, Roman Hahslinger, à agência austríaca 'APA'. Não há dados sobre outros possíveis feridos.

Na principal manifestação contra o baile, na qual participaram cerca de 9 mil pessoas de acordo com a organização e 2 mil segundo a polícia, não foram registrados incidentes.

No entanto, em outras partes da cidade, os manifestantes bloquearam ruas, lançaram rojões e causaram diversos danos contra o patrimônio público, acrescentou o comunicado.

Os agentes de segurança interviram também quando um grupo tentou impedir a passagem de táxis que iam em direção ao antigo Palácio Imperial. Com eles, a polícia apreendeu armas, fogos de artifício, facas e drogas.

O 'Akademiker Ball' é uma continuação, com um nome diferente, de um baile organizado desde a década de 1950 por várias confrarias de estudantes de extrema-direita.

Vários dirigentes de extrema-direita europeus, entre eles a líder da Frente Nacional da França, Marine Le Pen, compareceram ao evento em 2012, que naquele ano celebrou o aniversário da libertação do campo de extermínio nazista de Auschwitz, algo criticado por políticos de esquerda como uma provocação às vítimas do Holocausto. 

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