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Protestos deixam um morto e 27 feridos no Iraque

Um jovem morreu pelos disparos de agentes de segurança privados que estavam no telhado do edifício do governo da província

A Guerra do Iraque (Spencer Platt /Getty Images)

A Guerra do Iraque (Spencer Platt /Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2011 às 22h35.

Kut  - Um manifestante de 16 anos morreu e outros 27 ficaram feridos nesta quarta-feira no sul de Bagdá, no dia mais violento desde o início, há duas semanas, das manifestações para pedir melhorias nos serviços públicos e protestar contra a corrupção no país.

"Um jovem de 16 anos morreu atingido por um tiro no coração e outros 27 ficaram feridos por disparos", afirmou Majud Mohammad Hasan, responsável administrativo do hospital geral de Kut, uma localidade de 400.000 habitantes localizada na província de Wasit, a 160 km ao sul de Bagdá.

O jovem morreu pelos disparos de agentes de segurança privados que estavam no telhado do edifício do governo da província, diante do qual mais de 2.000 pessoas protestavam, indicaram a polícia e fontes médicas.

Os manifestantes colocaram fogo na sede do governo local, na do conselho da província e na residência do governador, observou um jornalista da AFP.

Mais de 2.000 manifestantes reuniram-se às 09h00 locais (04h00 de Brasília) no centro de Kut para exigir a saída do governador Latif Hamad al Tarfa (do mesmo partido que o primeiro-ministro Nuri al Maliki), que é criticado por não ter agido para melhorar os serviços públicos.

"Éramos milhares manifestando-se hoje em Kur para exigir o respeito a nossos direitos, melhores serviços e o fim da corrupção", declarou Ali Mohsen, um professor de inglês na Universidade de Kut.

Os guardas abriram fogo quando um grupo de manifestantes irrompeu no edifício da sede do governo.

"Apenas dois (agentes privados) dispararam contra os manifestantes. Atuaram com total ilegalidade. Nossas forças apenas dispararam para o ar", afirmou à AFP o general da polícia Hussein Jasem.

Trata-se do incidente mais violento desde o início das manifestações de caráter social organizadas no Iraque, que começaram em 3 de fevereiro na província de Diwaniya, a 185 quilômetros ao sul de Bagdá. Nesse dia, quatro manifestantes ficaram feridos quando a polícia disparou ao ar para dispersar a concentração.

Na cidade de Basra (sul), em torno de 200 desempregados protestaram também diante da sede do governo para exigir sua demissão.

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