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Protestos causam distúbios em cidades turcas

Os incidentes mais graves ocorreram no bairro de Kadiköy, na parte asiática de Istambul, onde a polícia interveio com vários blindados


	Istambul: grupos de ativistas se reuniram com cartazes em bairros de Istambul, e também houve choques com a polícia em Ancara, Esmirna, Bursa e Eskisehir
 (REUTERS/Osman Orsal)

Istambul: grupos de ativistas se reuniram com cartazes em bairros de Istambul, e também houve choques com a polícia em Ancara, Esmirna, Bursa e Eskisehir (REUTERS/Osman Orsal)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 16h58.

Istambul - Em várias cidades turcas, como Istambul, Ancara e Esmirna, ocorreram distúrbios nesta terça-feira depois que milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra um escândalo de corrupção que envolve o Governo.

"Governo: renúncia", "Ladrão Tayyip Erdogan" e "Corrupção em todas as partes" foram algumas das palavras de ordem cantadas nos protestos em várias cidades, segundo informa o jornal turco "Evrensel".

Os incidentes mais graves ocorreram no bairro de Kadiköy, na parte asiática de Istambul, onde a polícia interveio com vários blindados, utilizando canhões de água a pressão e gás lacrimogêneo.

Um dos manifestantes foi ferido no olho por uma bala de borracha, afirma o citado jornal.

Grupos de ativistas se reuniram com cartazes em bairros de Istambul, e também houve choques com a polícia em Ancara, Esmirna, Bursa e Eskisehir, e manifestações sem incidentes em pelo menos outras seis cidades, segundo a imprensa local.

Os protestos ocorrem em reação à divulgação de uma gravação telefônica na qual supostamente é possível escutar o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, aconselhar seu filho, Bilal, que se desfaça de grande quantidade de dinheiro após a abertura de uma investigação contra os filhos de vários ministros em dezembro.

Erdogan declarou hoje no Parlamento que a gravação é "uma montagem imoral" e negou que tenha alguma veracidade, mas os partidos de oposição a dão por fidedigna e pediram a renúncia do Governo.

A investigação aberta pela Promotoria em dezembro motivou a renúncia de quatro ministro do Executivo, que qualificou o ocorrido como um "golpe judicial" e acusou de ter sido orquestrado pelos seguidores do movimento islamita Fethullah Gülen.

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