As forças de segurança justificaram a medida alegando que alguns deles tinham agredido vários policiais, e que para conseguir cercá-los recorreram a spray de pimenta e cassetetes ( REUTERS/Kai Pfaffenbach)
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2013 às 15h19.
Berlim - Os protestos anticapitalistas realizados neste sábado em Frankfurt, que reuniram milhares de pessoas na capital financeira da Alemanha, terminaram com confrontos violentos entre um grupo minoritário de manifestantes e a polícia.
Os atos encerraram três dias de protestos em Frankfurt contra as políticas de austeridade na Europa, os resgates aos bancos e a atuação do Banco Central Europeu (BCE), e coincidiram com as manifestações em cerca de 100 cidades europeias com o lema 'Povos unidos contra a Troika'.
A manifestação, que pretendia parar o centro de Frankfurt, começou a meio-dia (7h de Brasília) com a participação de aproximadamente 20 mil pessoas, segundo o grupo organizador 'Blockupy', e em torno de 7 mil, segundo fontes policiais.
Pouco depois, as forças de segurança decidiram isolar um grupo de participantes (mil, segundo 'Blockupy', e entre 200 e 400, de acordo com a polícia) entre os quais estavam muitos membros do chamado 'bloco negro', a maioria encapuzada.
As forças de segurança justificaram a medida alegando que alguns deles tinham agredido vários policiais, e que para conseguir cercá-los recorreram a spray de pimenta e cassetetes.
Os manifestantes atingidos, por sua vez, acusaram os policiais de provocá-los e agredi-los.
A crescente tensão entre esse grupo e os policiais envolvidos no protesto, que mantinham o grupo isolado e não o permitiam acompanhar a manifestação, acabou levando a choques violentos em que os manifestantes lançaram contra a polícia bombas de tinta e rojões, e que ela respondeu com bombas de fumaça.
No entanto, durante a maior parte do tempo a manifestação anticapitalista aconteceu sem incidentes pelas ruas de Frankfurt, até se dissolver pacificamente. EFE