Venezuela: um grupo de manifestantes enfrentou funcionários da GNB (polícia militarizada) na estrada Francisco Fajardo (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 22 de junho de 2017 às 21h42.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 17h39.
Caracas - Um jovem morreu nesta quinta-feira em decorrência de disparos à queima-roupa da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) em uma nova jornada de protestos em Caracas, na qual o presidente Nicolás Maduro louvou o "esforço" das forças de segurança e reafirmou que as armas de fogo e as escopetas com balas de borracha estão proibidas.
Um grupo de manifestantes enfrentou funcionários da GNB (polícia militarizada) na estrada Francisco Fajardo, a principal via de Caracas, onde foi relatada a morte do jovem de 22 anos, além de vários feridos.
A Agência Efe constatou como o jovem caía ferido após receber a poucos metros de distância vários disparos de uma escopeta de balas de borracha de um agente da GNB.
O líder opositor venezuelano Henrique Capriles divulgou nas redes sociais um vídeo em que se observa agentes uniformizados disparando diretamente nos corpos de um grupo de manifestantes.
"À queima-roupa. Cumprem suas ordens ao pé da letra, Nicolás Maduro, e hoje você disse à imprensa internacional que os seus xerifes usam água e gás lacrimogêneo", criticou Capriles em outra mensagem.
Maduro, por sua vez, elogiou em uma coletiva de imprensa com meios internacionais o "esforço heroico" que, em sua opinião, estão fazendo a GNB e a estatal Polícia Nacional Bolivariana (PNB) em seu trabalho nas marchas opositoras.
"Sem armas de fogo. Estão proibidas. Sem escopetas de balas de borracha. Estão proibidas. Com água e o gás lacrimogêneo, que está permitido", acrescentou Maduro, que lembrou que três funcionários da GNB foram detidos por sua suposta vinculação com a morte por ferida de arma de fogo de um manifestante na segunda-feira passada.
"Se há um só caso, como houve, no segundo que foi detectado, os responsáveis foram capturados e entregues às autoridades. E eu ordenei uma investigação para saber se por trás não há uma conspiração", disse Maduro sobre o incidente em que morreu o manifestante Fabián Urbina, de 17 anos.