Mergulhadores tailandeses procuram corpos em rio do Laos: "acreditamos que não haverá nenhum sobrevivente", disse diretor de companhia aérea (Pornchai Kittiwongsakul/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2013 às 14h17.
Pakse - As equipes de resgate se esforçavam nesta quinta-feira para encontrar os corpos das vítimas do avião que caiu no rio Mekong, no Laos, com 49 pessoas a bordo, mais da metade estrangeiras.
"Tragicamente, acreditamos que não haverá nenhum sobrevivente", declarou nesta quinta-feira o diretor-geral da Lao Airlines, Somphone Douangdara, em um comunicado, no qual dá os pêsames por esta terrível tragédia.
O ATR 72-600 da companhia pública laosiana, que realizava o percurso entre a capital do Laos, Vientiane, e Pakse, uma cidade muito turística da província de Champasak, no sul do país, se acidentou na tarde de quarta-feira e afundou no rio Mekong.
Segundo a lista oficial da companhia, a bordo viajavam 44 passageiros (16 laosianos, sete franceses, seis australianos, cinco tailandeses, três sul-coreanos, três vietnamitas, um americano, um chinês, um malaio e um taiwanês) e cinco membros da tripulação. O piloto era cambojano.
Em uma plataforma flutuante foi instalada uma grua para rebocar o avião e uma dezena de barcos navegavam pelas águas do rio, muito cheio devido às chuvas de monções.
"É difícil mergulhar porque há uma forte corrente e é perigoso", declarou à AFP Aniwat Plaeng-ngaan, membro de uma equipe de socorristas da Tailândia.
Alguns dos habitantes que esperavam nas margens diziam ter visto o acidente.
"Ouvi um 'boom'! Um ruído como uma bomba que explode. Houve fumaça e fogo antes de cair", declarou Buasorn Kornthong, de uma aldeia próxima.
"O avião continua no fundo do Mekong", declarou à AFP Yamina Benguigui, ministra francesa delegada para a Francofonia, de visita ao Laos.
"É um dos locais mais profundos" do Mekong e "os corpos seguem no avião", com a exceção de alguns que subiram à superfície, mas que ainda não foram identificados, acrescentou, depois de uma reunião, nesta quinta-feira, com o ministro laosiano das Relações Exteriores.
Segundo um policial local, apareceram dez cadáveres, que foram alinhados em caixões em um necrotério de Pakse.