Bandeiras da União Europeia: nesse período Dilma deve retornar à Europa para participar da abertura dos trabalhos da 21ª Conferência do Clima (COP21), que ocorrerá em Paris a partir de 30 de novembro (Emmanuel Dunand/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2015 às 12h57.
Estocolmo - Negociadores da União Europeia e do Mercosul devem realizar a troca de ofertas para um acordo de livre comércio entre os dois blocos econômicos em data a ser fixada entre 23 e 30 de novembro de 2015.
A revelação foi feita nesta segunda-feira, 19, pela presidente Dilma Rousseff durante visita oficial a Estocolmo, na Suécia, onde se encontrou com o primeiro-ministro Stefan Löfven.
Questionada pelo jornal O Estado de S.Paulo, a presidente afirmou: : Nós esperamos apresentar as ofertas comerciais com a UE e o Mercosul na data acordada com a comissária de Comércio da UE, isto é, até o final de novembro, na última semana de novembro", especificou.
Nesse período Dilma deve retornar à Europa para participar da abertura dos trabalhos da 21ª Conferência do Clima (COP21), que ocorrerá em Paris a partir de 30 de novembro.
O acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul vem sendo discutido desde o início dos anos 2000. Em 2004, uma troca de ofertas chegou a acontecer, mas sem acordo final.
O processo foi retomado em 2010, e vários prazos foram fixados para a apresentação das propostas, o que até hoje não aconteceu.
No primeiro semestre, Dilma Rousseff chegou a expressar o desejo de que a troca acontecesse em julho, mas o processo segue indefinido.
"Estamos muito otimistas em relação a esse acordo", disse Dilma em Estocolmo. "Do ponto de vista do Mercosul, ele está pronto para ser assinado, e do ponto de vista da União Europeia os sinais também são bem positivos."
De acordo com o premiê sueco, a UE não estabeleceu uma prioridade entre os acordos com os Estados Unidos (TTIP/Tafta) e as negociações com o Mercosul.
"O cronograma é organizado pela UE. Mas do lado da Suécia não há dúvida de que os dois acordos são muito importantes", explicou Stefan Löfven.
"Queremos ver ambas as negociações concluídas para que possamos assinar os acordos o mais rápido possível. O acordo será muito importante para a América Latina e para a Europa."