EI na Síria: Mais de 150 australianos lutam em alguma milícia jihadista no exterior (AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2014 às 06h38.
Sydney (Austrália) - O chefe do departamento de inteligência da Austrália, David Irvine, está preocupado com o aumento de propaganda jihadista que chega ao país pelas redes sociais, publicou nesta quarta-feira a imprensa local.
Irvane, durante um discurso no Instituto de Assuntos Internacionais de Sydney, afirmou que os conflitos na Síria e no Iraque criaram uma nova geração de militantes de número e alcance "nunca visto".
"O número de australianos que participam dos conflitos da Síria ou do Iraque ou que apoiam os extremistas que lutam ali não tem precedentes", publicou o jornal "Australian".
A milícia do Estado Islâmico (EI) utiliza pessoas com um bom nível de inglês para que influenciem na "guerra nas redes sociais" e captem adeptos para a causa.
"A utilização dos novos meios de comunicação consegue levar as mensagens da sangrenta barbárie até a Austrália com o objetivo de radicalizar os jovens em tempo real enquanto estão sentados em suas casas ou esperando o ônibus", assinalou Irvane.
A imprensa australiana repercutiu no fim de semana a foto de um menor, filho de australianos, segurando a cabeça decapitada de um soldado das forças sírias, publicada no Twitter por seu pai, que ano passado se uniu às fileiras do Estado Islâmico na Síria.
Mais de 150 australianos lutam em alguma milícia jihadista no exterior, a maioria no Iraque ou na Síria, segundo os dados das autoridades.