Turquia: após o golpe fracassado, mais de 100 mil pessoas foram detidas por supostos vínculos com a confraria (Osman Orsal/Reuters)
EFE
Publicado em 12 de setembro de 2017 às 08h29.
Última atualização em 12 de setembro de 2017 às 08h31.
Ancara - A polícia turca lançou nesta terça-feira uma nova operação para deter 63 antigos agentes dos serviços secretos (MIT), suspeitos de manter vínculos com a confraria do clérigo exilado Fethullah Gülen, à qual Ancara acusa de ter instigado o fracassado golpe militar do ano passado.
A operação começou durante a madrugada em 21 províncias, aponta a agência turca de notícias "Anadolu".
Na lista de suspeitos figuram 45 antigos agentes do MIT e 18 "imames", ou seja, civis que dentro da confraria figuravam como chefes ou guia dos seguidores nos serviços de inteligência.
A operação abrange pessoas que já foram expulsas do serviço de espionagem após o golpe fracassado, acrescenta a "Anadolu".
No ano passado, 87 funcionários dos serviços secretos foram destituídos após uma investigação interna do MIT, que enviou à Promotoria dados relativos à atividade de 53 pessoas, investigadas agora por supostos delitos.
Após o golpe fracassado, mais de 100 mil pessoas foram detidas por supostos vínculos com a confraria e 50 mil continuam na prisão preventiva, a imensa maioria civis.