Polícia encontrou o corpo de uma mulher na casa do atirador nesta quarta-feira (Michel Krakowski/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 07h31.
Bruxelas - A Promotoria de Liège (leste da Bélgica) revisou para baixo nesta quarta-feira o número de mortos no ataque de terça-feira na cidade, ao todo cinco pessoas morreram, incluindo o agressor, e não seis como era divulgado até então.
Uma mulher de 75 anos que era dada como morta está viva, embora em estado grave.
Em entrevista coletiva, a promotora de Liège Danièle Reynders afirmou que a idosa está em estado crítico, da mesma forma que outros cinco feridos.
Ao todo quatro pessoas morreram na Praça Saint-Lambert: uma adolescente de 15 anos, um jovem de 17, uma criança de um ano e cinco meses, além do próprio autor dos fatos. A quinta vítima é uma mulher de 45 anos encontrada morta na casa do agressor.
Os hospitais da cidade divulgaram mais duas mortes, de um jovem de 20 anos e de um bebê de quase dois anos, no entanto, casos não confirmados oficialmente até agora.
O atirador de Liège, Nordine Amrani, tinha 33 anos e inúmeros antecedentes penais e detenções. Na terça-feira, ele disparou de forma indiscriminada em uma praça central da localidade, utilizando um fuzil automático e granadas contra as pessoas que passavam. A agressão ainda deixou 120 feridos.
A promotora confirmou que Amrani suicidou-se com um tiro na cabeça depois de jogar três granadas e ter disparado uma rajada de tiros contra pessoas que aguardavam em um ponto de ônibus.
Uma mulher foi encontrada morta na casa do agressor. Segundo as autoridades, ela era empregada de vizinhos dele, foi ferida com um disparo na cabeça. No apartamento do agressor, a Polícia encontrou armas pesadas e farta munição.
Amrani, que estava em liberdade condicional e devia apresentar-se no dia do crime à Justiça, foi condenado em setembro de 2008 pelo Tribunal Correcional de Liège a 48 meses de prisão pela posse de 2,8 mil mudas de maconha e a 16 meses de prisão por posse de armas, concretamente, mais de 9,5 mil peças e uma dezena de armas pesadas.
No entanto, o Tribunal de Apelação não conseguiu condená-lo por uma mudança na legislação na matéria de posse de armas, detalhou a agência 'Belga' o procurador-geral de Liège, Cédric Visart de Bocarmé. EFE