Franz Beckenbauer: o alemão foi presidente do comitê organizador da Copa de 2006, mas os promotores explicaram que ele não possui relação com a declaração de impostos e, portanto, não está sob investigação (Patrik Stollarz/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2015 às 13h58.
Frankfurt - O Ministério Público de Frankfurt garantiu nesta quarta-feira que Franz Beckenbauer não é alvo de uma investigação de evasão fiscal em conexão com a Copa do Mundo de 2006, envolvendo um pagamento feito pela Alemanha, sede do torneio, para a Fifa.
Beckenbauer foi o presidente do comitê organizador da competição, mas os promotores explicaram que ele não possui relação com a declaração de impostos e, portanto, não está sob investigação. O craque alemão mora na Áustria. Porém, os promotores disseram que este não é um fator que o faria deixar de ser um alvo.
O ex-jogador alemão afirmou na última semana passada que o pagamento de 6,7 milhões de euros realizado à Fifa, que está na raiz da investigação, foi um "erro", embora tenha garantido ter agido dentro da legalidade.
Na última terça-feira, autoridades realizaram buscas na sede da Federação Alemã de Futebol e também nas residências do seu presidente, Wolfgang Niersbach, do predecessor Theo Zwanziger e do ex-tesoureiro Horst R. Schmidt, que estão sob investigação.
Zwanziger acusou a federação de usar um esquema de "Caixa Dois" com a intenção de comprar votos para a bem-sucedida candidatura da Alemanha para sediar a Copa do Mundo de 2006.
Niersbach negou qualquer irregularidade, dizendo que os 6,7 milhões de euros foram pagos à Fifa como uma garantia financeira para que a principal entidade do futebol mundial enviasse à Alemanha uma quantia já disponível para a organização da Copa. Mas a transação ainda não foi totalmente explicada e a federação abriu a sua própria investigação sobre o caso.
De acordo com Niersbach, o negócio foi acordado numa reunião privada entre o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que está suspenso, e Franz Beckenbauer, o presidente do comitê organizador.
De acordo com Niersbach, o negócio foi acordado numa reunião privada entre o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que está suspenso, e Franz Beckenbauer, o presidente do comitê organizador.