Sandro Rosell: o pedido foi feito depois do depoimento prestado por Rosell (Gonzalo Arroyo Moreno/Getty Images)
EFE
Publicado em 25 de maio de 2017 às 09h29.
Última atualização em 25 de maio de 2017 às 10h47.
Madri - O promotor da Audiência Nacional Vicente González Mota pediu nesta quinta-feira a prisão, sem fiança, do ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, preso na há dois dias sob a acusação de ter lavado de 15 milhões de euros (R$ 54,6 milhões) procedentes de comissões ilegais obtidas com a venda de direitos de imagem da seleção brasileira.
Segundo fontes ligadas aos processo informaram à Agência Efe, o promotor fez o pedido depois de depoimento que o dirigente prestou durante uma hora e meia, ontem para a juíza da Audiência Nacional Carmen Lamela.
Também foi solicitada a prisão do advogado e político Joan Besolí, apontado como responsável por abrir empresas em Andorra, as quais foram utilizadas para lavar o dinheiro.
Também presos na última terça-feira, Besolí e Andreu Ramos, apontado como testa de ferro, que teve o nome utilizado para a abertura das contas e empresas do ex-presidente do Barça, estão prestando depoimento na manhã de hoje.
Quem também ficará frente a frente nesta quinta-feira com a juíza Carmen Lamela é Marta Pineda, mulher de Rosell, que foi libertada após acompanhar a operação de busca e apreensão na luxuosa residência do casal, na cidade de Corçà.
Outro detido há dois dias foio libanês Shahe Ohannessian, apontado como ex-sócio do antigo dirigente da Nike no Brasil e ex-presidente do clube catalão.
Rosell é acusado de ter lucrado ilegalmente com desvio de direitos de imagem da seleção brasileira na época em que era executivo da Nike. O dirigente teria lavado 15 milhões de euros procedentes de comissões ilegais e depois ocultado o dinheiro em Andorra.
A operação de terça-feira, coordenada pela Guarda Civil e a Polícia Nacional da Espanha, deriva de uma queixa-crime que a Promotoria apresentou à Audiência Nacional contra Rosell, que é apontado pelos investigadores como à frente de uma rede de lavagem de dinheiro junto com Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).