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Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 14h45.
México - O procurador-geral do México, Jesús Murillo, confirmou nesta terça-feira um confronto entre militares e autodefesas no estado de Michoacán durante o início do desarmamento destes grupos, mas não quis falar no saldo de vítimas.
Murillo disse à emissora "Televisa" que o governo tenta "restabelecer a ordem com a menor violência possível" em um estado onde surgiram vários grupos de civis armados para se defender do cartel "Los Caballeros Templarios" (Os Cavaleiros Templários, em tradução livre).
"Não há dúvida alguma que temos que restabelecer o Estado de Direito", afirmou o titular da Procuradoria Geral da República, que acrescentou que o governo atua "com toda a prudência, a cautela e o cuidado para evitar a violência".
Ele confirmou que no início do restabelecimento da ordem legal foi registrado um confronto na zona da Terra Quente, cujo saldo de vítimas não foi revelado à espera de mais informação sobre os fatos.
Estanislao Beltrán, um dos dirigentes das autodefesas, disse hoje à agência Efe que os militares abriram fogo contra a população civil no povoado de Antúnez quando a passagem dos militares foi fechada depois de terem desarmado grupos comunitários.
Segundo o dirigente, quatro pessoas morreram, entre eles uma menina de 11 anos.
Murillo garantiu que "o Estado não vai permitir que ninguém, que nada se imponha sobre a cidadania" e destacou que "há muitos líderes "templários" detidos nos últimos meses".
"Se alguma organização (criminal) foi realmente desmantelada, é essa", rebateu o procurador a crítica dos líderes das autodefesas que afirmam que não entregarão as armas até que os dirigentes dos Templários sejam capturados.
O governo federal pediu na segunda-feira que as autodefesas entreguem as armas e se incorporem aos corpos de segurança institucionais, caso contrário, advertiu que será aplicada a lei "de maneira rigorosa e indiscriminada".
"Não vamos ser geradores de violência, mas também não podemos permitir que a população sofra de outro tipo de violência permanente, pressões, extorsões, sequestros", insistiu Murillo.